Ultima atualização 17 de abril

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Especialistas discutem implementação de Solvência II

Segundo os palestrantes presentes, as medidas regulatórias tomadas anteriormente não abrangiam questões administrativas

Em evento promovido pela Susep, CNseg e EIOPA (entidade que supervisiona o mercado de seguros e pensões complementares europeu) nesta terça-feira (16/04), foram apresentadas as resoluções sobre a implementação do processo que visa uma nova regulamentação para os fundos de solvência das seguradoras.
Segundo os especialistas presentes, as medidas regulatórias tomadas anteriormente não abrangiam questões administrativas. Pautado por um grande número de regras e com foco maior em números, o modelo anterior não preservava as particularidades das empresas.
De acordo com Gabriel Bernardino, presidente da EIOPA, foram destaques as medidas tomadas para unificação das regulamentações no continente, pensando de forma global, que tentam abranger e modificar a cultura existente no mercado, para obter resultados mais satisfatórios.
José Alberto Rodrigues Pereira, coordenador geral substituto CGSOA/Susep, apontou os aspectos mais relevantes do projeto de Solvência II no Brasil e destacou o potencial de crescimento que o setor de seguros tem no país, mesmo em épocas de pequeno PIB.
Já Roberto Westenberger,  consultor da PwC, explicou de forma mais didática e exemplificada quais serão os novos rumos da gestão com o projeto em prática.
Solvência II tem como principal preocupação o modo como é feita a gestão empresarial, que deixe claro que os riscos que a seguradora pretende cobrir sejam compatíveis com suas reservas.
Os palestrantes destacaram ainda que más decisões tomadas por falta de informações podem prejudicar uma empresa muito mais do que a falta de capital, que também é um fator de grande importância, mas sozinho não faz com que a seguradora permaneça bem estabelecida no mercado.
Essa nova maneira de fazer o gerenciamento abrirá um leque de opções. Não será baseada em regras fixas, mas em projetos que devem ser executados conforme as empresas desenvolvem seu próprio modelo interno, definindo em quais áreas.
O ORSA – conjunto de processos que constituem uma ferramenta para tomada de decisão e análise estratégica – foi constantemente citado durante a palestra, elucidando que o mais importante dentro desse novo grande projeto é que as seguradoras sejam capazes de administrar os seus próprios riscos, desenvolvendo um trabalho que se adapte melhor às necessidades delas e do segurado, ganhando mais confiança dentro do mercado.
Mesmo na Europa, onde o projeto está mais adiantado, a previsão para a conclusão e implementação total está prevista apenas para 2016.

Amanda Cruz /Revista Apólice

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