O IRB(Re) obteve lucro líquido pelo décimo primeiro trimestre consecutivo. Os números, divulgados hoje (13/11), apontam resultado positivo de R$ 99 milhões no terceiro trimestre de 2025 (3T35). O resultado, menor 17% frente aos R$ 116 milhões apurados no 3T24, quando os números foram impactados positivamente em R$ 33,4 milhões devido à venda de terreno no Rio de Janeiro, efeito não recorrente, contribuiu para que o ressegurador somasse R$ 361 milhões de lucro líquido no acumulado de 2025 (+39%) e R$ 474 milhões em 12 meses (+59%).
Considerando a divisão do portfólio de negócios, o lucro líquido da carteira P&C do IRB(Re) foi de R$ 90 milhões no 3T25. Com isso, no acumulado dos últimos 12 meses, o lucro líquido chegou a R$ 437 milhões no 3T25, alta de 9% em relação ao apurado um ano antes (R$ 401 milhões). Já Vida fechou o 3T25 com R$ 9 milhões de lucro líquido, somando R$ 37 milhões no acumulado dos últimos 12 meses, crescimento de 136% na comparação com o resultado negativo de R$ 114 milhões verificado um ano antes.
“Registramos mais um trimestre de lucro líquido e, olhando a trilha dos últimos 12 meses, verificamos alta de 59%. Com isso, zeramos a linha de prejuízos acumulados, atingindo R$ 61 milhões de lucros acumulados em setembro. Continuamos apresentando indicadores de desempenho consistentes, tanto no resultado de subscrição quanto no resultado financeiro. Nosso negócio de subscrição continua forte e rentável. Obtivemos praticamente o mesmo resultado de subscrição do 3T24, alcançado uma sinistralidade mais baixa, provando que temos ainda espaço para melhoria de margem. Continuamos com o desafio de crescer mantendo nossa rigorosa disciplina de subscrição”, afirma Marcos Falcão, CEO do IRB(Re).
O resultado de subscrição totalizou R$ 116 milhões no 3T25, em linha com os R$ 118 milhões apurados no 3T24. Considerando os últimos 12 meses, houve evolução de R$ 379 milhões para R$ 626 milhões, crescimento de 65%. A carteira P&C registrou resultado de subscrição positivo de R$ 104 milhões no 3T25, chegando a R$ 667 milhões na soma dos últimos 12 meses. Em Vida, houve resultado positivo de R$ 11 milhões no 3T25, o que contribuiu para redução do resultado de subscrição negativo acumulado nos últimos 12 meses para R$ 41 milhões negativos.
No 3T25, os prêmios retidos pelo IRB(Re) totalizaram R$ 866 milhões, retração de 17% ante R$ 1,04 bilhão no 3T24. Do total de prêmios retidos no 3T25, R$ 840 milhões se referem à carteira P&C (97%) e R$ 26 milhões à Vida (3%). No acumulado dos últimos 12 meses, o prêmio retido total da companhia somou R$ 3,56 bilhões. Houve crescimento de 8% em P&C, de R$ 3,09 bilhões para R$ 3,34 bilhões. Em Vida, conforme estratégia de limpeza da carteira, o prêmio retido retraiu 75%, de R$ 896 milhões para R$ 226 milhões. O prêmio retido é resultado da subtração do prêmio retrocedido do prêmio emitido. Ele reflete o prêmio que é mantido dentro da companhia.
“Nosso resultado de subscrição mostra uma trajetória ascendente, mantendo-se, nos últimos 12 meses, acima dos R$ 600 milhões. Em relação ao prêmio retido, analisando os números, observamos que a carteira total diminuiu 11% em 12 meses. Esta retração é explicada pela redução dos negócios de Vida em 75%. Quando olhamos para o P&C, nosso principal negócio, o prêmio retido cresce 8% em 12 meses. A ideia é continuar selecionando riscos e crescendo nos negócios de maior rentabilidade. Nesse sentido, considerando as linhas de negócios, Patrimonial, que era 40% da carteira, nos últimos 12 meses representa mais da metade do nosso negócio, com 51%”, diz Daniel Castillo, vice-presidente de Resseguros do IRB(Re).
“Sobre o segmento de Vida, o novo diretor, Ricardo Siquieri, profissional com 13 anos de experiência no mercado internacional de Vida e Saúde, vai montar uma equipe que desenhará produtos, participará com os seguradores na comercialização e na rentabilização da linha. Seu desafio será de viabilizar às nossas cedentes a modelagem de novos produtos de proteção, capital de risco para novas iniciativas, além da ampliação das suas capacidades e a transferência de riscos”, completa Castillo.
Em relação à distribuição geográfica, no 3T25, 60% (R$ 517 milhões) do prêmio retido é resultado de negócios firmados no Brasil. Outros 18% (R$ 152 milhões), na América Latina; e 23% (R$ 196 milhões), em outros países do mundo. Na análise dos últimos 12 meses, 65% do prêmio retido (R$ 2,3 bilhões) tem origem no mercado local; 14% (R$ 508 milhões) na América Latina; e 21% (R$ 734 milhões) em outros países. Conforme a estratégia de subscrição do IRB(Re), houve alta de 22% na participação dos países latino-americanos no prêmio retido em 12 meses.
“Sob a ótica de diversificação geográfica, podemos observar que nosso objetivo de crescimento internacional, sempre com rentabilidade, está se realizando. Avançamos no mercado da América Latina em 22% e, em outros países, 39%. O Brasil continua sendo nosso negócio principal, e sempre será, apesar da queda de 24%, que é explicada pela redução na linha de Vida”, afirma Castillo.
Neste trimestre, o índice combinado total, que inclui sinistralidade, comissionamento e demais despesas – foi de 102,5%, em linha com o 3T24. Esse resultado foi beneficiado por efeito positivo de R$ 88 milhões referentes à conciliação de provisões de sinistros com as seguradoras, trabalho iniciado no 2T25, conforme divulgado anteriormente. Considerando os acumulados dos últimos 12 meses, o índice combinado total da companhia foi de 98% no 3T25, ante 102% no 3T24. Por carteira, no 3T25, P&C acumula índice combinado de 96% em 12 meses. Já Vida tem índice de 134%.
O índice de sinistralidade, no 3T25, foi de 61%, queda de 7 p.p. ante 68% no 3T24. As linhas de Vida (32%) e Rural (15%) contribuíram para a queda da sinistralidade, que também foi beneficiada pela conciliação de provisões de sinistros. O sinistro retido total, no 3T25, foi de R$ 467 milhões, ante R$ 643 milhões no 3T24. A análise dos últimos 12 meses mostra que o índice de sinistralidade total ficou em 61%. P&C segue com um índice estável de 57% em 12 meses. Em Vida, 113%.
Em relação ao índice de comissionamento total, outro indicador central para o cálculo do índice combinado, no 3T25, ele foi de 21,7%, em linha com o 3T24. Considerando os últimos 12 meses, o índice de comissionamento total foi de 20%. A carteira P&C apresenta índice de comissionamento constante de 22% em 12 meses. Já em Vida o índice na visão 12 meses ficou em 2%, refletindo a mudança da estratégia para a carteira.
O resultado financeiro e patrimonial da companhia, neste terceiro trimestre, foi de R$ 186 milhões, ante R$ 196,4 milhões no 3T24. No acumulado dos últimos 12 meses, o resultado financeiro e patrimonial do IRB(Re) passou de R$ 628 milhões, acumulado no 3T24, para R$ 668 milhões, acumulado no 3T25. Alta de 6,3%.
“O resultado financeiro do 3T25 somou R$ 173 milhões, 18,6% superior quando comparado ao 3T24, explicado principalmente pelo resultado das carteiras de investimento onshore. Vale lembrar que o resultado patrimonial do 3T24 foi influenciado pela venda de um terreno no Rio de Janeiro, que beneficiou o resultado patrimonial em R$ 37 milhões. Se excluirmos o efeito da venda do terreno, o resultado patrimonial se mantém praticamente constante”, explica Paulo Valle, diretor-geral da IRB(Asset), gestora de investimentos do ressegurador.
O IRB(Re) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com R$ 8,9 bilhões sob gestão, sendo 60% onshore, em reais, e 40% offshore, para a cobertura dos passivos operacionais em diversas moedas, principalmente o dólar.
A suficiência do Patrimônio Líquido Ajustado em relação ao Capital Mínimo Requerido, que era de R$ 892 milhões, no 3T24, chegou a R$ 1,5 bilhão, no 3T25, com isso, o indicador de Solvência Regulatória atingiu o índice de 251%, alta de 68 p.p. em relação ao 3T24.
“Nosso indicador vem crescendo ainda mais aceleradamente este ano, o que nos coloca num patamar de solvência similar ao das maiores resseguradores internacionais. O resultado se deve a um aumento substancial do nosso Patrimônio Líquido Ajustado sem aumento do Capital Mínimo Requerido fruto da gestão do nosso capital, tanto na área financeira quanto de subscrição”, diz Eduarda de La Rocque, diretora de Controles Internos, Riscos e Conformidade do IRB(Re).
O IRB(Re), além de reportar seus números considerando a Visão Negócio da IFRS 4, utilizada pelo regulador setorial, a Susep, publicou seus resultados do 3T25 em IFRS 17, metodologia adotada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A norma internacional, direcionada ao mercado de seguros e resseguros, traz novos conceitos, incluindo o valor do dinheiro no tempo. Considerando a IFRS 17, o resultado da companhia no 3T25 foi positivo em R$ 112 milhões, ante lucro de R$ 192 milhões no 3T24.
“O resultado da prestação de serviços de resseguros totalizou R$ 128 milhões no trimestre, representando uma redução em relação a 2024, quando atingiu R$ 260 milhões. O segmento Vida impactou de forma relevante esse resultado, reflexo dos cancelamentos de contratos efetuados no período. Analisando de forma isolada, o P&C teve uma evolução de 8% quando comparado com o 3T24, concentrados principalmente nos segmentos patrimonial e rural, demonstrando a aderência à estratégia corporativa”, afirma Frederico Knapp, CFO do IRB(Re).




