Apresentar estratégias de financiamento para a transição climática, destacando soluções inovadoras, instrumentos financeiros sustentáveis e a construção de novas parcerias nacionais e internacionais para apoiar a transição para uma economia de baixo carbono. Esse é o objetivo do Fórum de Finanças Sustentáveis, que será promovido no dia 12 de novembro, a partir das 14h30, na Casa do Seguro, em Belém (PA), como parte da programação paralela à COP 30.
O encontro reunirá de forma inédita as três maiores entidades do setor financeiro nacional: a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban); que uniram forças para construir um caminho estruturado para mobilização, capacitação e engajamento, fortalecendo o papel do Brasil como referência global em finanças sustentáveis.
A abertura do evento contará com as presenças de Carlos André, presidente da Anbima; Dyogo Oliveira, presidente da CNseg; e Isaac Sidney, presidente da Febraban.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fará a abertura do painel que discutirá como canalizar recursos – públicos e privados – para a conservação e restauração de ecossistemas florestais, conciliando proteção ambiental e desenvolvimento econômico.
Já o diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Coorporativos do Banco Central, Paulo Picchetti, abre o painel sobre financiamento da transição climática, com foco nos desafios estruturais para transição para uma economia de baixo carbono.
No painel sobre as contribuições do setor financeiro para o plano de transformação ecológica, o campeão de Alto Nível da COP 30, Dan Ioschpe, participa como debatedor para falar como os setores de finanças e seguros têm papel decisivo para a implementação efetiva do plano, mobilizando capital em escala, precificando riscos ambientais e impulsionando cadeias produtivas sustentáveis.
Para Dyogo Oliveira, presidente da CNseg, o Fórum de Finanças Sustentáveis é um marco pois reúne, além de bancos, seguradoras e investidores, parceiros estratégicos como Climate Champions, FIN, GFANZ, Pacto Global, BID Invest, PRI e UNEP FI para troca de experiências com vistas à transição para uma economia de baixo carbono. “Além do importante diálogo com o poder público, presente em todos os painéis do Fórum, esse espaço tem como objetivo primordial estimular o alinhamento multissetorial para aceleração de ações de adaptação e resiliência”, avalia.
O presidente da Anbima ressalta que desde 2024 todas as COPs são sobre financiamento, com foco muito grande nas questões econômico-financeiras. “A união de forças dos mercados de capitais, bancário e de seguros é o caminho para maximizar a canalização de recursos para projetos ligados aos temas ESG, acelerando a transição para uma economia de baixo carbono”, diz Carlos André.
Isaac Sidney, presidente da Febraban, destaca que o Brasil tem condições únicas de liderar a transição climática e se tornar um hub global de soluções e oportunidades, mas precisamos transformar potencial em liderança concreta, com instrumentos financeiros inovadores e uma forte cooperação público-privada. “Os bancos criaram taxonomia própria para medir os fluxos de financiamento para a economia verde, regras de autorregulação para gerenciar o risco de desmatamento ilegal em setores estratégicos, e têm participado ativamente na emissão de títulos de dívida e concessão de crédito ESG – até agosto de 2025, bancos brasileiros já captaram mais de R$58 bilhões em operações com impacto ambiental, social e climático positivos. Os bancos estão prontos para em conjunto com o Estado, sociedade civil e outros setores da economia, somar esforços, construir soluções e apoiar iniciativas como a Taxonomia Sustentável Brasileira e a regulamentação do Mercado Regulado de Carbono, que contribuirão para o desenvolvimento da nova economia”.




