Ultima atualização 22 de outubro

Não se deve esperar até os 40 para pensar em previdência privada

Neste artigo, o Superintendente Sênior de Negócios da Bradesco Vida e Previdência, Marcelo Rosseti, aborda a importância de iniciar cedo o planejamento da aposentadoria e apresenta dados inéditos sobre o comportamento dos investidores de previdência no Brasil.
Marcelo Rosseti
Marcelo Rosseti

Muita gente ainda acredita que previdência privada é um assunto para depois dos 40. Enquanto se é jovem, parece haver tempo de sobra para se preocupar com isso. Mas adiar a decisão de contratar um bom plano pode significar renúncia a anos preciosos em que o tempo trabalha a favor. E aqui, não falamos apenas de dinheiro, mas de tranquilidade, escolhas e qualidade de vida no futuro.

O Brasil está envelhecendo rapidamente. Hoje, segundo o IBGE, a expectativa de vida ao nascer já passa dos 75 anos e deve superar os 81 até 2040, enquanto a taxa de fecundidade recuou de seis filhos por mulher, nos anos 1960, para 1,6 em 2025, abaixo do patamar mínimo para a reposição da população, que é de 2,1. Projeções do instituto também indicam que a população idosa brasileira deverá representar cerca de 30% do total em 2050. Com isso, menos jovens ingressam no mercado de trabalho, o que pressiona a previdência pública. A reforma de 2019 aumentou a idade mínima para aposentadoria para 65 anos, no caso dos homens, e 62 para as mulheres, além de ampliar o tempo de contribuição. Na prática, significa trabalhar mais tempo para obter um benefício menor do que muitos gostariam – ainda de acordo com o IBGE, 64% dos aposentados e pensionistas recebem o salário mínimo.

E o desafio não é só brasileiro. A Itália, por exemplo, já criou incentivos à maternidade para tentar equilibrar a conta entre quem contribui e quem já está aposentado. Com a maior população 65+ do mundo, o Japão também adotou a medida, como parte dos esforços para reduzir a pressão sobre o sistema de público de aposentadoria, que acaba obrigando muitos idosos a continuar trabalhando.

Nesse cenário, começar cedo um plano de previdência privada faz toda a diferença. Para acumular R$ 1 milhão aos 65 anos, por exemplo, um jovem de 25 teria que efetuar uma contribuição mensal de aproximadamente R$ 310, levando-se em conta uma taxa de juros de 8% ao ano. Já alguém de 40 anos precisaria contribuir mensalmente com mais do que o triplo desse valor: R$ 1.100**. Mais do que multiplicar o dinheiro, o tempo reduz o esforço necessário para alcançar o mesmo objetivo.

E não é só o bolso que se transforma.

Uma pesquisa do Datafolha para a Bradesco Vida e Previdência mostrou que quem investe em previdência privada consegue poupar, em média, 40% mais do que aqueles que não têm plano. Além disso, 82% dos investidores têm metas financeiras bem definidas, contra 66% dos que não investem. Em outras palavras, previdência também ajuda a criar disciplina, organizar prioridades e mudar hábitos para melhor.

Planejar a aposentadoria é, acima de tudo, conquistar autonomia. É se preparar para que as próximas décadas sejam vividas com dignidade e sem depender totalmente de um sistema público cada vez mais saturado. É ter liberdade de decidir como aproveitar o futuro: viajar sem culpa, dedicar mais tempo à família, aprender algo novo ou simplesmente viver com calma.

Dizem que a vida começa aos 40, mas a previdência privada pode – e deve – começar bem antes.

*Marcelo Rosseti, Superintendente Sênior de Negócios da Bradesco Vida e Previdência.

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