Ultima atualização 16 de setembro

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Mapa de Seguros mostra alta em cotações para motocicletas

EXCLUSIVO: Um levantamento apresentado nesta terça-feira (16) pela plataforma TEx Analytics, e divulgado pela Serasa Experian, traz um panorama detalhado sobre cotações de seguros de automóveis e motocicletas no Brasil. O estudo, intitulado “Mapa de Seguros”, combina indicadores de preço para carros e para motos (IPSA e IPSM) com dados sobre perfil, comportamento e faixa de renda dos consumidores, oferecendo uma visão analítica para seguradoras, corretores e consumidores.

O mapeamento, realizado entre agosto de 2024 e agosto de 2025, mostra que o preço médio do seguro de automóveis teve alta de 2% em agosto em relação ao meses de julho e de 7,1% no acumulado do ano (agosto /24 a agosto/25). Já os seguros de motocicletas apresentaram queda de 4% no mês de agosto, mas avanço de 4,3% no período anual.

No comparativo anual, de agosto/2024 a agosto/25, o volume de cotações cresceu 13 pontos percentuais para automóveis e 41 pontos percentuais para motos. Os novos contratos também ganharam espaço: passaram de 47% para 53% entre os carros e de 78% para 82% no caso das motocicletas. Com isso, a participação das motos nas cotações subiu de 28% para 41%, enquanto a dos carros recuou de 72% para 59%.

O estudo detalha também o perfil de quem busca algum tipo de seguro. Entre automóveis, 63,8% dos consumidores são homens e 36,2% mulheres; nas motos, a predominância masculina é de 66,6%. A faixa etária predominante é de 26 a 45 anos para carros e de 26 a 35 anos para motos, indicando que motocicletas atraem um público mais jovem. O levantamento também mostra diferenças no estado civil: motociclistas tendem a ser solteiros, enquanto os que buscam seguro para automóveis são majoritariamente casados.

No recorte por renda, os consumidores de automóveis concentram-se em faixas de renda mais elevada: 16,9% declaram ganhos entre R$ 7,5 mil e R$ 15 mil. Já os motociclistas estão majoritariamente em faixas de até R$ 3 mil. A pontuação de crédito também influencia a precificação. Entre os segurados de carros, 72,1% têm classificação “Bom” ou “Excelente” no score público. Em ambos os segmentos, mais de 70% dos consumidores apresentam pontuação acima de 500, o que revela uma preocupação com estabilidade financeira antes de contratar um seguro. No índice de adimplência, ou seja consumidores em dia com suas dívidas, o percentual é ligeiramente maior entre motociclistas (80,1%) do que entre proprietários de automóveis (74,2%).

No panorama regional, o Sudeste concentra a maior parte das cotações de automóveis, com 67,4% do total. Já as motocicletas apresentam uma distribuição mais equilibrada: Nordeste (40,2%), Sudeste (32%), Norte (10,5%), Centro-Oeste (9,3%) e Sul (8%). Os dados reforçam o potencial de expansão desse mercado e a relevância das motos tanto para a mobilidade quanto para a geração de renda em diferentes regiões do país.

O levantamento também aponta que a popularização de aplicativos de mobilidade ampliou as opções de transporte, levando os consumidores a avaliar o custo-benefício entre carro próprio, motocicleta ou transporte por aplicativo. Nesse contexto, a motocicleta se consolidou como uma alternativa prática e acessível, tanto para deslocamentos diários quanto para geração de renda, sendo a maior parte da busca realizada por perfis do sexo feminino. Já o carro permanece como um bem de longo prazo, associado a famílias que priorizam segurança e estabilidade, e com maior interesse entre perfis masculinos.

Nicholas Godoy, de São Paulo

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