É relativamente comum ouvir, pelos corredores do mercado, que o setor de seguros
brasileiro tem um ritmo de inovação mais lento que o bancário, seu primo-irmão. No
passado, percebia um tom de resignação, afinal é um segmento, por óbvio, mais
conservador.
De uns anos pra cá, a resignação tem dado lugar a um certo inconformismo, típico
daqueles que sabem do seu potencial e da centralidade de seu papel social.
Na prática, o seguro diminui o sofrimento das pessoas, e, através dos serviços,
facilita a vida. A prevenção é capaz até mesmo de evitar a dor.
É claro que há inúmeras complexidades no meio do caminho, trabalho de muita
gente envolvido, mas o nosso papel é simplificar. Isso é central para o objetivo de
alcançar os 10% do PIB até 2030.
Como profissional de Marketing e Comunicação, líder de um time de
comunicadores, entendo que podemos mais, e é o que aconselhamos aos nossos
clientes, buscando sempre conciliar coragem, equilíbrio e maturidade.
Como podemos ser mais proativos e efetivos?
● Simplificando contratos e linguagem no atendimento. Aproximar os times de
Comunicação Institucional do Atendimento, Jurídico e Subscrição. Trabalhar
a comunicação na origem dos processos, e não apenas como ferramenta de
divulgação;
● Comunicar, elucidar e ser fonte confiável de informações quando a sociedade
se volta para um assunto ‘de seguro’. Explicar o que está coberto ou excluído
em um grande sinistro, por exemplo. Com transparência;
● Seguir investindo na proximidade com jornalistas e influenciadores, apoiar a
mídia especializada;
● Fortalecer a figura dos porta-vozes em fóruns para além do mercado de
seguros, contribuir para um posicionamento de liderança de pensamento.
Comunicação humanizada, entre pessoas. Usar a marca institucional como
retaguarda, solo fértil e não como escudo;
● Mais fóruns de comunicação para os comunicadores do mercado.
Tenho certeza de que há várias outras ações, e, na minha opinião, todas passam
pela mentalidade de crescimento e por assumirmos nosso papel como lideranças
comunicadoras. Repito, a tarefa não é simples, mas o processo está em curso – e
podemos acelerar.
A esse respeito, que maravilha a iniciativa da CNSeg com a Casa do Seguro na 30ª
Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que
acontecerá em novembro em Belém, Pará. A ação reforça a importância de nos
posicionarmos, mesmo que não estejamos prontos e com todas as respostas na
ponta da língua. Colocar-se no centro da discussão é uma atitude de coragem.
Sigamos, a evolução continua!
*Nathalia Coutinho é fundadora e CEO da Core Consultoria de Comunicação
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