EXCLUSIVO – Com a retomada das viagens, os brasileiros estão demonstrando mais interesse em conhecer diversas regiões do Brasil. De acordo com dados levantados pelo Conselho de Turismo da Fecomercio SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), com base em informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o turismo nacional encerrou o primeiro semestre de 2022 com um faturamento de R$ 94 bilhões, o que representa um crescimento de 33,5% em relação ao mesmo período no ano passado.
Segundo com um levantamento da Decolar, Fortaleza ficou em 5° lugar entre os destinos nacionais mais procurados pelos brasileiros que viajaram no primeiro semestre de 2022. São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife completam os primeiros lugares.
Para que os turistas possam viajar pelo país tranquilos, ao contrário do que muitos pensam, o seguro viagem também é importante mesmo em destinos nacionais. Além das coberturas e assistências tradicionais para despesas médicas, hospitalares e odontológicas, o produto inclui traslado médico, retorno sanitário, perda de bagagem e cancelamento prévio de viagem, o que pode ajudar em caso de algum imprevisto.
“Apesar da contratação do seguro para viagens internacionais ser mais frequente, principalmente devido ao fato de em muitos países ser obrigatório, é importante se manter precavido em casos de urgência. Independentemente do destino, os riscos de acontecerem imprevistos existem e, além da segurança frente a questões ligadas à saúde, esses produtos também auxiliam viajantes nos processos de problemas na embarcação, perdas de documentos e cartões de crédito e extravio de bagagem, garantindo um período de lazer sem maiores dores de cabeça”, afirma Juliana Ave, superintendente Técnica de Vida e Previdência da SulAmérica.
Segundo a executiva, com um aumento de 30,8% no segundo trimestre do ano, comparado aos meses anteriores, o resultado da contínua retomada de vendas do seguro viagem foi um desempenho positivo por parte da companhia, que no período representou 6,9% da composição de carteira ocupada pelo produto. Em 2021, este seguro representava apenas 1,7% da receita operacional da carteira no primeiro semestre. “As seguradoras precisam enxergar as dores de seus clientes para que os produtos ofertados acompanhem a demanda do público, do turismo e do mercado de seguros, seja no Brasil ou no exterior”, diz Juliana.
Na Coris, durante a pandemia houve um acréscimo de procura pelo seguro viagem nacional, ligado ao fechamento das fronteiras e uma maior preocupação pela saúde movida pela cobertura para Covid-19. A meta da empresa é chegar ao fim de 2022 com mais de 35% do total dos bilhetes emitidos para o território brasileiro. Claudia Brito, head Comercial da organização, reforça que apenas 20% dos planos de saúde vigentes possuem cobertura nacional. “No caso de um plano de saúde regional, o seguro viagem é perfeito porque dá ao segurado a amplitude nacional que o plano de saúde dele não oferece”.
A executiva ressalta, ainda, que para o produto crescer cada vez mais é preciso que os corretores de seguros ofereçam informações cada vez mais detalhadas aos clientes sobre os benefícios do seguro viagem, mesmo para os destinos nacionais. “O cliente bem orientado entende sobre a importância de ter, além da cobertura médica, coberturas adicionais. Para que esses profissionais possam expandir suas carteiras, o primeiro ponto é ofertar o seguro viagem de forma complementar ao plano de saúde, visto que há uma tendência na regionalização dos planos. Dessa forma, o consumidor pode conhecer as opções de seguro viagem e, caso ocorram viagens futuras, inclusive internacionais, o corretor será a primeira referência para uma cotação ou uma possível indicação para familiares”.
Nicole Fraga
Revista Apólice