Ultima atualização 18 de setembro

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Copom mantém Selic em 15% e sinaliza cautela na política monetária

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, na reunião encerrada na noite desta quarta-feira (17), manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano. A decisão, segundo Robson Pereira, economista-chefe da Brasilprev, está em linha com as expectativas do mercado, refletindo uma postura de cautela e estabilidade diante de um cenário econômico ainda desafiador.

Em sua análise, Robson destacou que o Copom não alterou o balanço de riscos, algo que já era esperado pelo mercado. Entretanto, o economista observou que havia a expectativa de uma leve revisão para baixo das projeções de juros de longo prazo, especialmente para o início de 2027, o que não ocorreu. “O Banco Central optou pela manutenção das projeções anteriores comparadas à reunião de julho. Esse é um ponto mais duro, que avaliamos com atenção”, afirmou.

O economista explicou que a decisão reflete a combinação de fatores econômicos atuais. Entre eles, a desaceleração da atividade econômica, que segue moderada, e impactos relacionados a tarifas e à política fiscal, que são monitorados de perto pelo BC. “O comunicado indica que o Banco Central não tem pressa em mudar a taxa de juros neste momento. Ele mantém uma postura cautelosa, mas firme, mostrando que não se sente pressionado a reduzir a Selic imediatamente”, disse Pereira.

Um ponto relevante destacado pelo economista foi a mudança na comunicação do Copom na retirada de um trecho que mencionava a continuidade da interrupção do ciclo de alta de juros. Apesar disso, na reunião o Banco Central reforçou que não hesitará em ajustar a Selic se houver necessidade, sinalizando que a autoridade monetária ainda considera o espaço para novas altas, caso os riscos inflacionários voltem a se intensificar.

Robson classificou o comunicado como neutro a levemente “hawkish” (termo usado para políticas monetárias mais restritivas) principalmente devido à manutenção das projeções de longo prazo. Ele acrescentou que o relatório de política monetária, que será divulgado na próxima semana, deve trazer mais clareza sobre possíveis alterações no juro neutro, no crescimento econômico e em outras variáveis que impactam a definição da Selic.

N.G.

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