Ultima atualização 15 de setembro

BMS Re: o papel do resseguro na nova fronteira do mercado brasileiro

José Leão, CEO da BMS RE Brasil
José Leão

No Brasil, grandes riscos sempre significaram lidar com complexidade. Seja em obras de infraestrutura, proteção de ativos críticos ou na gestão de sinistros severos, a questão é: como oferecer soluções que unam capacidade, flexibilidade e segurança em um cenário imprevisível?

A resposta passa pelo resseguro, não apenas como coadjuvante técnico, mas como parceiro estratégico na criação e expansão de produtos. A integração entre seguradoras, resseguradores e corretores tem permitido avanços. Em vez de modelos genéricos, o mercado evolui para soluções baseadas em análises profundas de engenharia de risco, usando dados, modelagens preditivas e inspeções especializadas para calibrar coberturas à realidade de cada projeto.

Essa transformação reflete-se na administração de grandes sinistros. A agilidade na coleta de informações e a clareza na comunicação reduzem o impacto financeiro e reputacional de eventos significativos. Casos recentes mostram que processos bem coordenados tornam as indenizações mais eficientes e fortalecem a relação entre segurados e mercado. Esse desafio cresce com a Lei de Seguros que entra em vigor em dezembro, exigindo adaptação rápida dos stakeholders aos novos requerimentos.

Linhas sensíveis, como D&O, também sofreram ajustes. O aumento de litígios e a pressão judicial após escândalos levaram a reavaliação dos limites e cláusulas. O resseguro facultativo tem sido um dos caminhos para sustentar apetite e capacidade. O mesmo ocorre nos seguros de performance, cujo protagonismo cresce com a nova Lei de Licitações e a cláusula Step In, exigindo produtos adaptados a requisitos legais e expectativas de investidores.

O impacto das catástrofes naturais ganhou novo contorno com as recentes enchentes no Sul, que reforçaram a urgência de diálogo para criar modelos de catástrofe mais fidedignos e proteções que reflitam a real necessidade dos segurados. O resseguro tem papel enorme, combinando experiência global na construção de programas que incorporam prevenção e resiliência, além da indenização.

Essa conexão com o exterior impulsiona a internacionalização das corretoras brasileiras. Atuando como ponte entre clientes locais e mercados globais, ampliamos acesso a capacidade, expertise e práticas que fortalecem o ecossistema. Na BMS, essa visão é reforçada pelo nosso DNA de corretor independente, focado em estruturar soluções de resseguro personalizadas.

A agenda ESG deixou de ser conceito aspiracional para critério objetivo de aceitação e precificação. Resseguradores globais exigem evidências concretas de práticas ambientais, sociais e de governança. Na BMS, essa pauta é conduzida top-down, partindo dos acionistas e da liderança, garantindo alinhamento estratégico e consistência.

O mercado de grandes riscos é desafiador, mas onde surgem as oportunidades mais transformadoras. O corretor que vai além da intermediação e assume o papel de consultor estratégico ajuda seguradoras a inovar e proteger ativos com inteligência. É essa visão que a BMS traz: unir técnica, visão global e proximidade local para criar soluções que, além de transferir riscos, gerem valor duradouro.

José Leão, CEO da BMS RE Brasil

*Artigo originalmente publicada na Revista Apólice #311.

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