A Essor Seguros reforçou a importância do seguro Penhor Rural como instrumento de apoio ao crédito agrícola no contexto do Novo Plano Safra 2025/2026. Segundo dados da Susep, o segmento de Equipamentos-Penhor Rural movimentou cerca de R$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre deste ano. A seguradora responde por 1,9% desse mercado, com crescimento de 19% em relação ao mesmo período de 2024. Dentro da carteira Agro da Essor, a modalidade representa 24% da operação.
Para Luiz Filipe Nunes, gerente de Penhor Rural e Benfeitorias da Essor, o produto desempenha papel estratégico na proteção financeira do produtor e das instituições que oferecem crédito. “Ele atua como instrumento de mitigação de risco, permitindo acesso facilitado ao crédito com garantias mais robustas, o que contribui para a continuidade da produção mesmo diante de imprevistos”, explica.
A Essor oferece dois produtos voltados ao setor: o seguro Penhor Rural Equipamentos e o seguro Benfeitorias Equipamentos. Ambos cobrem máquinas e implementos usados exclusivamente na atividade agrícola, incluindo tratores, pulverizadores, colheitadeiras, carretas, pivôs centrais, silos e equipamentos com melhorias acopladas, como GPS e piloto automático.
Entre os eventos cobertos estão incêndio em colheitadeiras, roubo de tratores, colisão com obstáculos no solo e danos causados por vendaval em sistemas de irrigação. A seguradora disponibiliza parcelamento em até sete vezes sem juros, condições especiais para frotas – inclusive formadas por membros de uma mesma família – e abertura de sinistros via plataforma digital.
Impactos do Novo Plano Safra
Anunciado pelo governo federal, o Novo Plano Safra 2025/2026 prevê a liberação de R$ 516 bilhões em crédito rural, com foco em inovação, sustentabilidade e ampliação do PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). Apesar da magnitude dos recursos, o cenário é considerado desafiador devido à taxa Selic elevada.
“Com a manutenção dos juros altos, o crédito rural está mais caro para pequenos e médios produtores. Algumas instituições estão recorrendo a instrumentos como CPRs e linhas dolarizadas para reduzir esse impacto. Além disso, o uso de créditos de ICMS como moeda de troca para equipamentos ainda está em análise por muitos produtores”, afirma Nunes.
Ele observa que os anos de 2021 e 2022 foram positivos para o setor agrícola, o que resultou em uma frota mais nova de equipamentos. “A Essorprojeta uma demanda semelhante à do ano passado para seguros de novos equipamentos”, conclui.