Ultima atualização 05 de dezembro

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Swiss Re Institute aponta perdas globais com furacões, inundações e tempestades graves

Risco climático
Foto: Pixabay

As perdas seguradas globais decorrentes de catástrofes naturais devem ultrapassar US$ 135 bilhões em 2024, marcando o quinto ano consecutivo em que esses valores superam a marca de US$ 100 bilhões, de acordo com o Swiss Re Institute.

Nos EUA, os furacões Helene e Milton causaram prejuízos significativos, com prejuízos segurados estimados em US$ 50 bilhões. Além disso, o país gerou um elevado número de graves (SCS), que deve somar mais de US$ 51 bilhões em perdas seguras até o momento. O impacto do SCS em 2024 é o segundo maior da história, atrás apenas do registro de US$ 70 bilhões registrados em 2023.

A Europa fez o segundo pior ano para inundações em termos de perdas seguradas, com prejuízos estimados em US$ 10 bilhões. A tempestade Boris, que atingiu países como República Tcheca, Polônia e Áustria, foi um dos eventos mais devastadores, intensificado por condições climáticas agravadas pelo aquecimento global. Já nos Emirados Árabes Unidos, chuvas extremas em abril interromperam operações no Aeroporto de Dubai, o mais movimentado do mundo, contribuindo para os US$ 13 bilhões em perdas seguradas registradas globalmente com inundações.

Mudanças climáticas e expansão urbana ampliam riscos

O aquecimento global, que colocou 2024 como o ano mais quente já registrado, tem favorecido a frequência e intensidade de eventos extremos, alertam os especialistas. Balz Grollimund, chefe de riscos catastróficos da Swiss Re, afirma que a mudança climática está desempenhando um papel crescente nas perdas. “Além disso, a concentração de valores em áreas urbanas e o aumento dos custos de segurança também são fatores importantes.”

Para Jérôme Jean Haegeli, economista-chefe do grupo Swiss Re, a adaptação é essencial para mitigar perdas futuras. Ele destaca a necessidade de investimentos em infraestrutura de proteção, como diques e barragens, que podem ser até dez vezes mais econômicas do que a proteção.

Com as perdas anuais crescendo a uma taxa de 5% a 7%, os especialistas reforçam a importância de medidas preventivas e seguros adequadas para garantir financeiramente diante de um cenário de resiliência de eventos climáticos extremos cada vez mais intensos.

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