Ultima atualização 24 de maio

Tecnologia e inovação são os pilares da operação da Globus Seguros

Christian Wellisch, CEO da empresa, participou do programa "Diálogos CEO" para falar sobre o setor e o planejamento da corretora

EXCLUSIVO – Focada em criar relações sustentáveis com pessoas e empresas, a Globus Seguros surgiu de um spin-off realizado em 2016 com a XP Seguros para oferecer consultoria de risco e gestão de apólices, baseada em soluções inovadoras e investimento em tecnologia. A corretora oferece seguros Corporativos e Individuais (Vida Individual e Previdência) através de Agentes Autônomos de Investimentos (AAIs), que indicam os negócios para que a Globus realize todo o processo de colocação de risco, manutenção, sinistro e renovação.

Christian Wellisch, CEO e sócio-fundador da empresa, participou do programa “Diálogos CEO”, promovido pela Revista Apólice, na tarde de ontem (23/05). Na conversa conduzida pela jornalista Kelly Lubiato, o executivo, que conta com mais de 20 anos no setor, falou sobre a sua carreira, o mercado de seguros, nova forma de tratar os riscos e benefícios e como a corretora faturou mais de R$ 500 milhões em 2023. “Assim como muitas pessoas, minha história no mercado começou com um acaso. O setor de seguros é fantástico, tem um grande potencial e é super dinâmico, oferecendo produtos que nem imaginamos”.

Atuando no modelo de partnership, a Globus conta com 16 sócios e tem mais de 300 parceiros. Desse número, 95% deles são escritórios de investimentos. Atualmente, a empresa conta com 900 segurados corporativos e 6.500 clientes individuais, propondo soluções de acordo com a necessidade de cada cliente e realizando planos de ações para reduzir riscos. A equipe da corretora é composta por 70 profissionais. Além disso, a Globus entrega uma estrutura White Label destinada à Joint Ventures, onde já tem dez operações em andamento contando com uma plataforma digital própria.

De acordo com Wellisch, tecnologia e inovação são os pilares da companhia, que começou atuando no segmento em seguradoras e corretoras, sempre com os principais players do mercado. “Nos meus mais de 20 anos no setor, pude acompanhar diversas transformações. A digitalização mudou completamente a nossa indústria, tornando possível trazer soluções mais inovadoras e personalizadas para os clientes. Com mais tecnologia, os novos profissionais do mercado acabam tendo mais recursos para colocar novas ideias em prática e fazer com que as empresas mais tradicionais sejam provocadas”.

Para começar um negócio no mercado de seguros, o CEO da Globus disse que o empreendedor deve ter um foco bem definido e ser resiliente. “A tecnologia facilita toda a operação, mas por outro lado a concorrência é muito maior. A vontade de crescer e criar um modelo de negócio diferente do que estamos acostumados a ver deve ser maior que tudo. Aqui na Globus já passamos por momentos difíceis, mas com a força e qualidade do nosso time superamos. Atualmente temos muito acesso à informação, mas precisamos saber filtrar e aplicar esse conhecimento de maneira assertiva”.

Wellisch também ressaltou que o corretor de seguros é fundamental para que o setor cresça e alcance novas pessoas. Segundo o executivo, o mercado está bem preparado na perspectiva de produtos, mas é preciso encontrar a melhor forma de distribuí-los. “Temos a mania de, ao desenvolver um seguro, não pensarmos em como distribuir e fazer com que este produto chegue ao público certo. No geral, a linguagem do segmento é complexa e isso afasta o consumidor, utilizando uma comunicação simples e transparente para que qualquer um entenda o que está sendo falado. Este é o nosso grande desafio”.

 Questionado sobre o problema das fraudes em seguros, Wellisch afirmou que é preciso reforçar a ideia do mutualismo para que todos entendam o impacto deste crime. “Com o apoio da tecnologia, as seguradoras adotaram processos mais cuidadosos para evitar que a fraude aconteça. Alguns clientes acham que isso é ruim, mas na verdade é o correto. Isto acaba se revertendo de forma positiva, pois quanto menos fraudes, menor a precificação final do seguro. A apólice é o contrato de boa fé entre duas partes, mas infelizmente é dado mais destaque para quando uma seguradora não paga um sinistro do que os milhões de reais inseridos na sociedade através do seguro”.

O CEO da Globus também disse que, apesar dos desafios, o Open Insurance veio para revolucionar o mercado. “O Open Insurance vai trazer mais inovação, novos negócios e boas discussões para o segmento. Acompanhamos a evolução do setor financeiro nos últimos 15 anos, e o mercado de seguros, apesar de ser uma das principais indústrias do país, ainda está engatinhando quando o assunto é digitalização. Vamos ter uma transição de produtos, conceitos e modelos e, depois dessa fase de adaptação, tudo que for bom deverá permanecer”. 

Veja a entrevista completa:

Nicole Fraga
Revista Apólice

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