EXCLUSIVO – Jovialidade e disposição para crescer e desenvolver novos produtos e serviços. Estas são marcas da Zurich ao comemorar 150 anos de atuação global, 80 anos destes presentes no Brasil, após a aquisição da Minas-Brasil. Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, a diretoria da seguradora no Brasil ressaltou o seu posicionamento de companhia multilinha, com produtos para vários segmentos e com distribuição realizada, prioritariamente, por corretores de seguros.
Edson Franco, CEO da Zurich no Brasil, ressaltou que a empresa atravessou guerras, pandemias e vários contextos de transformação industrial, cultural e tecnológica. “Somos uma das seguradoras com maior presença global, em mais de 210 territórios. No Brasil, a estratégia é multilinha de produtos e multicanais de distribuição. Temos a fortaleza tanto no canal bancário, com o Santander, e o corretor de seguros”.
No Brasil, o grupo trabalha com quatro promessas de atuação: a primeira com o cliente no coração de tudo o que faz, agregando valor; a segunda com funcionários, de crescer junto com o desenvolvimento individual e profissional dos colaboradores; a terceira com parceiros de distribuição, agregando valor um ao outro, com responsabilidade de capacitação e formação, escutando a sua voz para entender a necessidade do cliente e desenvolver produtos e serviços para atendê-los adequadamente; e a quarta com o planeta, de liderar processo de transformação na sociedade no sentido de assegurar a sustentabilidade do planeta, que vai além da questão ambiental mas também passa pelo apoio à sociedade.
Fabio Leme, diretor executivo de Personal Lines, Marketing e Comunicação, disse que os 150 anos trazem uma história de solidez, tradição e visão de futuro. “A empresa teve capacidade de se reinventar ao longo deste século e meio, buscando soluções para atender de forma mais completa os consumidores e seus parceiros, sempre respeitando a sustentabilidade”.
A aspiração por liderança em todos os segmentos em que atua leva à busca de inovar e entender os clientes e parceiros de distribuição para trazer soluções que atendam as necessidades. Leme trouxe também algum números, como 32% dos sinistros de automóvel, celulares e garantia estendida que são resolvidos em apenas um contato com o consumidor. “54% dos sinistros regulados em 2022 foram aprovados por inteligência artificial, com índices altos de NPS, que guia as ações da empresa”, pontuou Lema.
Marcio Benevides, diretor executivo de Distribuição, falou sobre a promessa com o corretor de seguros, porque este é o cerne da distribuição. “Entendemos a importância do canal corretor de seguros. Toda a expansão para os próximos cinco anos se baseia em estar onde o profissional está. Somos apaixonados por estar presentes onde os clientes e os corretores demandam. Assumimos uma estratégia de expandir as operações em todo o território nacional. Em 2022 trabalhamos com 65 novas assessorias, pois elas cumprem papel importante na distribuição”, enfatizou.
A Zurich iniciou em 2022 a filial digital, em RS e MG, modelo em que corretor pode se servir dos produtos em plataforma, com gerente comercial dando suporte, para apresentar produtos e serviços em regiões nas quais não ela não está presente fisicamente. A seguradora opera com 9 mil corretores ativos. “Nosso cadastro é muito maior e a expectativa é chegar de 15 a 20 mil corretores nos próximos 5 anos. O que importa é o relacionamento”, ponderou Benevides.
Rodrigo Barros, diretor executivo de Vida, Previdência e Capitalização, reforçou o ‘otimismo informado’, que não depende apenas do crer, mas de conhecer como as coisas funcionam e como é a capacidade de contribuir. “Apenas 13 milhões de pessoas possuem previdência, o gap do seguro de vida é muito grande, e sabemos que mais da metade das pessoas sentem-se despreparadas para o futuro. Nossa missão é crescer, ocupar o espaço de mercado e ocupar espaço na companhia”.
José Bailone, diretor executivo de Seguros Corporativos e de Subscrição de Ramos Elementares, contou que o grupo tem equipe de engenheiros para que clientes entendam melhor o seu risco e possam melhorá-los. Entender os potenciais riscos que estão previstos e modelados para ocorrer no futuro em função das mudanças climáticas também é necessário”. A companhia também tem destaque nos programas globais de seguros, tanto de empresas brasileiras quanto multinacionais, atendendo em qualquer lugar do mundo.
Sobre o mundo das insurtechs, Franco disse que é preciso dividir as incumbentes das insurgentes. Existe algum nível de competição trazida pelas insurtechs, mas acredito no modelo de cooperação. Nem todas fazem uma competição direta, muitas vezes podem ajudar em um modelo de negócios ou acelerar em modelo de parceria”.
O CEO acredita que as ‘techs’ do mercado financeiro chacoalharem as roseiras. “A lição das insurtechs é que não dá para ensinar nada a quem acha que sabe tudo. Não podemos ter posição de arrogância. Precisamos ter humildade e agilidade para perceber quem está fazendo algo de diferente e bom. Copiar não é ruim”, completou Franco.
Fabio Leme chamou a atenção para o fato de que a maioria das insurtechs falavam em disrupção do mercado, não combatendo as seguradoras. “Não estar no mercado era fator interessante para elas. Temos que acompanhar o desenvolvimento deste setor e a complementariedade é o aspecto mais virtuoso desta convivência”.
Kelly Lubiato
Revista Apólice