Ultima atualização 19 de outubro

Seguro de Acidentes Pessoais passa por grande revolução

O mercado de seguros, assim como todos os outros, teve de se adaptar rapidamente às tendências e trouxe soluções importantes para a demanda

No mundo dos seguros, mais especificamente no segmento de vida, o seguro de Acidentes Pessoais nunca foi o grande protagonista. Esse modelo de proteção era contratado por empresas que buscavam se adequar às normas e legislações e, os segurados, por sua vez, não utilizavam todo o potencial do produto.

Muitas vezes, as coberturas não eram adaptadas às necessidades de uso das próprias pessoas protegidas, pois as grandes seguradoras ofereciam soluções de prateleira, já estruturadas há muitos anos.

“Sempre observamos uma grande dificuldade em oferecer às empresas soluções adequadas em relação a seguros de acidentes pessoais. Isso se intensificou com as novas relações de trabalho que estão surgindo nos últimos anos. O dado positivo é que o mercado de seguros também evoluiu e hoje já existem opções acessíveis para empresas”, conta Cristina Camillo, SEO da Camillo Seguros.

A ideia é compartilhada por Amanda Nespatti, Co-fundadora e Head de Clientes, Parcerias e Marketing na IZA Seguros. “Com o desenvolvimento de novos mercados e modelos de trabalho, acelerados pela tecnologia mais barata e disponível, pessoas e empresas se viram sem alternativas de proteção adequadas. O número de prestadores de serviço, por exemplo, cresceu de forma representativa durante a pandemia, por ser um modelo de trabalho mais flexível e com menores custos para os empregadores, o que supriu negócios digitais, como delivery e logística”.

Ela complementa que, com o aumento do número de prestadores e profissionais autônomos, essa fatia da população começou a chamar a atenção de empresas de diversos segmentos, inclusive das seguradoras. O potencial de pequenas proteções, com grandes benefícios, passou a ser visto.

O mercado de seguros, assim como todos os outros, teve de se adaptar rapidamente às tendências e trouxe soluções importantes para a demanda. O segmento de acidentes pessoais, por exemplo, passou por mudanças significativas.

“Com coberturas completas, seguradoras mais jovens adaptaram o modelo de proteção para a real necessidade do consumidor. A cobertura de despesas médicas e hospitalares, focada em eventos de acidente, passou a ser paga diretamente aos prestadores de serviços médicos, o que faz todo sentido, uma vez que o segurado, em muitos casos, não possui recursos financeiros para arcar com os custos de atendimentos, exames, cirurgias ou tratamentos para, depois, solicitar reembolso para as seguradoras”, explica Amanda Nespatti.

A DIT (Diária de Incapacidade Temporária) é outro exemplo. Essa cobertura passou a ser oferecida de forma massificada para todos os modelos de trabalho, inclusive para aqueles que não conseguem comprovar renda ou não possuem vínculo empregatício. As coberturas não foram os únicos elementos adaptados. Os modelos de proteção também evoluíram.

“Hoje o que se observa é que os mais variados segmentos de atuação podem contratar esse modelo de seguro. Exemplo disso é que é possível contratar coberturas em formatos intermitentes. Isso significa que uma empresa pode proteger seus prestadores de serviço somente no período em que eles estiverem realizando o trabalho. Esse é um grande avanço para setores como o de restaurante e de veraneio, por exemplo”, avalia Cristina.

O formato reduziu representativamente os custos de contratação do seguro, possibilitando que a proteção seja contratada por empresas que dependem de prestadores de serviço, e também entregou uma solução necessária para esses trabalhadores que dependem somente de seu trabalho para se manterem.

As novas soluções foram impulsionadas pela adequação da legislação brasileira, focando em proteger os novos modelos de trabalho e possibilitar a contratação de benefícios pelas empresas, sem gerar vínculo trabalhista. É o caso dos segmentos de delivery e logística que, em meados de janeiro, precisaram procurar soluções de seguro para se adequarem à nova lei dos entregadores, sancionada pelo Presidente.

“Neste caso, a legislação prevê como benefício obrigatório para os entregadores as proteções de acidente para incapacidade temporária, invalidez total ou parcial e morte acidental. Antes dos novos modelos de seguro para acidentes pessoais, a contratação seria inviável, pois existiam apenas formatos mensais e com cobrança fixa, independentemente da prestação de serviços”, conta Amanda Nespatti.

Agora, essas empresas conseguem proteger somente os prestadores que trabalharam em um determinado dia ou durante o período das entregas. A tecnologia é a principal aliada das seguradoras nesse novo ambiente, e as integrações via API já não são uma novidade, mas questão de sobrevivência. Para atender um cliente digital, soluções digitais são essenciais.

De fato, existe espaço para muitas evoluções no segmento de vida como um todo, não só no ramo de acidentes pessoais. Essas evoluções tendem a focar em um público atualmente desatendido pelas soluções de mercado, através de inovações de produto, modelos, canais de aquisição e atendimento.

“Com as opções existentes, agora cabe aos empregadores estudos e análises, pois ter essa segurança, oferecida por esses novos modelos de seguros, é imprescindível para a saúde futura dos negócios, bastando, então, encontrar a opção que mais se adequa ao budget e às necessidade”, finaliza Cristina.

N.F.
Revista Apólice

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