Ultima atualização 24 de março

Sucesso do Open Insurance irá depender da comunicação com o público

Fernando Tassin, gerente do TecBan, acredita que o sistema vai ajudar as seguradoras a focarem no seu core business e na experiência dos clientes

EXCLUSIVO – “Assim como o Open Baking, o Open Insurace é um conceito regulamentado de compartilhamento de serviços e dados de clientes”. É o que acredita Fernando Tassin, gerente de Open Insurance do TecBan. O banco digital realizou na manhã dessa quarta-feira, 23 de março, um workshop online com o objetivo de fazer uma imersão no mundo Open e sanar dúvidas do público sobre esse tema. Além de Tassin, participaram os especialistas da empresa Rogério Melfi e Tiago Aguiar.

O TecBan desenvolveu uma plataforma que permite o tráfego de dados tanto de Open Banking quanto de Open Insurance, diminuindo a complexidade do processo e acelerando a integração do mercado segurador à regulamentação brasileira. A companhia está contribuindo com as grandes seguradoras e insurtechs para ajudá-las nesta fase de adaptação do sistema.

“A nossa ferramenta permite a adesão de forma eficaz, ágil e segura para exposição e compartilhamento de dados, além de integrá-los via APIs com soluções provenientes de fintechs e insurtechs. Com esse sistema, as seguradoras podem focar no seu core business e na experiência e jornada de seus clientes, oferecendo uma oferta mais assertiva de acordo com o perfil do consumidor”, diz Tassin.

O Open Insurance é um sistema aberto de seguros regulado pela Susep (Superintendência de Seguros Privados). Seu conceito é baseado em segurança, privacidade, agilidade e inovação, tendo o consumidor como centro da tomada de decisão. Atualmente, o cliente pode obter uma cotação de diversas seguradoras, sendo representado uma corretora ou corretor autônomo. Contudo, muitas vezes os produtos ofertados não atendem 100% das suas necessidades. O Open Insurance visa mudar essa realidade.

Em alguns países, entre eles o Brasil, o sistema foi acionado por regulação, já outros foram orientados pelo mercado a adotá-lo, sendo impulsionado por bancos, fintechs e agentes do setor. O Open Insurance visa facilitar a vida dos consumidores, diversificar produtos e promover o aumento da concorrência, atraindo novos players para o mercado. “Portanto, o corretor de seguros, ao contrário do que muitos pensam, terá um papel decisivo nesse modelo, atuando como um consultor para ofertar as melhores soluções para o cliente”, afirma Tassin.

Um dos desafios para a adoção do Open Insurance é o calendário regulatório, que foi iniciado em dezembro de 2021 e irá até dezembro deste ano, sendo divido em três fases. Além disso, a adesão do público e retenção dos clientes serão um obstáculo para as empresas, que terão que montar estratégias para construir propostas de valor inovadoras.

Para Tassin, a comunicação com o público final vai ser algo muito importante para o sucesso do sistema aqui no Brasil. “As seguradoras estão em um processo de evolução, assim como o consumidor. A pandemia ocasionou diversas mudanças nos hábitos de consumo, e nem sempre os clientes vão optar pelo produto mais barato, mas sim pela qualidade do serviço. O setor está em um processo de transformação, o que é muito positivo e irá ajudar na sua expansão em um futuro muito próximo”.

Nicole Fraga
Revista Apólice

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