A Essor Seguros acabou de lançar um seguro para eventos que promete mexer com o segmento. “Nossa estratégia é sempre criar um produto que atenda às necessidades dos consumidores com uma experiência que seja simples, útil, transparente e ao mesmo tempo sofisticada. Ter um produto especializado ajuda a nossa base de 7,6 mil corretores a atender melhor os clientes, o que impõem um ciclo virtuoso para todos os envolvidos”, diz o CEO da seguradora, Fábio Pinho.
O contrato fechado com a maior categoria de automobilismo brasileiro mostra que o produto agradou. Em apenas 1 mês, foram emitidas mais de 50 apólices para cobrir mais de 100.000 pessoas espectadoras.
Assim como fez com produtos voltados ao agronegócio e embarcações, Pinho buscou uma especialista para subscrever o seguro de eventos: Juliana Sabrina dos Santos, sócia-fundadora da Axpert Underwriting, empresa especialista em desenvolvimento de seguros inovadores voltados para entretenimento e outros segmentos.
“A tecnologia nos mostrou benefícios dos eventos virtuais, mas nada substitui a experiência que os eventos presenciais proporcionam às empresas e pessoas”, afirma Juliana, especialista que atua há mais de 15 anos neste ramo.
O mercado mundial de seguros e resseguros contabilizou bilhões em perdas, com várias empresas deixando de atuar no setor. Graças ao avanço da vacinação, cada dia menos medidas restritivas que levem ao cancelamento ou adiamento de eventos. Na Europa, por exemplo, os governos descartam tais medidas e o segmento de eventos já mostra sinais de recuperação, principalmente na realização de eventos corporativos e shows.
“O mesmo acontece no Brasil, que já tem mais de 70% da população vacinada com pelos menos duas doses. Apostamos neste segmento que certamente irá apresentar uma boa performance neste ano, porém em um modelo novo, com protocolos de saúde e contratos mais claros e seguros”, acredita Juliana.
As pesquisas do segmento de eventos revelam otimismo. A Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape) projeta que 2022 será de retomada de 100% da programação, o que pode representar 440 mil eventos dentro de um ano. De acordo com pesquisa realizada pela Abrape, em parceria com a Ambev e Provokers, oito em cada dez brasileiros tinham interesse em frequentar eventos presenciais já em outubro de 2021, data na qual o estudo foi lançado.
“Mesmo com todos os avanços tecnológicos, não há nada que substitua o toque, o olho no olho”, afirma Roberto Uhl, head da área digital da Essor. “Depois de muita espera, acreditamos que 2022 será marcado pelo retorno das ações presenciais, sempre com respeito aos protocolos de segurança e trazemos aos corretores um seguro diferenciado e que traz em uma única apólice tudo o que o cliente precisa para não ter discussões quando for acionado”.
Para conquistar uma posição de destaque no segmento, o seguro de eventos da Essor foi desenhado para dar sustentabilidade aos organizadores, produtores e promotores de eventos empresariais, culturais, esportivos e sociais. O seguro indeniza danos causados a terceiros, que sejam decorrentes de acidentes relacionados com a realização de eventos. O que torna o produto único no mercado, segundo os executivos, é o fato de agregar várias coberturas em uma única apólice.
“Nossa missão é encantar os clientes do começo ao fim da jornada para disseminar a cultura de contratação de seguros de eventos no Brasil, que ainda é muito limitada”. Segundo Juliana, a contratação de seguro para cancelamento de eventos ainda é muito baixa. “Os corretores não demandam e os clientes não pedem. Queremos mudar isso com o produto que já inclui tudo o que precisam e que desenvolvemos dentro do tripé simplicidade, praticidade e confiabilidade”.
Juliana afirma que este seguro é o primeiro do mercado segurador brasileiro do tipo “all risks” para responsabilidade civil., ou seja, várias coberturas em uma única apólice. O corretor poderá oferecer seguro de Responsabilidade Civil (RC), que cobre reclamações de terceiros caso sofra algum dano material, corporal ou moral. O seguro de Riscos Diversos (RD) cobre danos causados a equipamentos, instrumentos musicais, bens em exposição entre outros e o Acidentes Pessoais (AP) que indeniza por morte ou invalidez permanente causada de forma acidental durante o evento segurado.
A plataforma digital está parametrizada com algoritmos que definem os riscos que podem ser aceitos ou não e em quais termos e condições, considerando o perfil de cada risco e a escolha das coberturas e valores segurados. “O objetivo é entender o risco e o valor mais justo para o segurado utilizando os dados e para que este seja um processo de melhoria contínua a cada risco analisado digitalmente pela plataforma”, acrescenta. Segundo Uhl, o seguro poderá ser cotado pelo corretor na plataforma digital e em poucos minutos a apólice é emitida. “Usamos a tecnologia para subscrever os riscos, o que torna a cotação e emissão ágil e precisa. Apesar de já termos números acima da expectativa durante o nosso piloto, temos ainda muitas oportunidades pela frente e queremos usar os feedbacks dos corretores e segurados para agregar o máximo de valor às suas operações”.
Doença Transmissível ainda é exclusão
A pandemia reduziu o apetite das seguradoras em emitir apólices com cobertura para pandemias, principalmente porque os resseguradores praticamente não ofertam a cobertura incluindo Covid-19 e suas variantes diante dos milhões de dólares pagos em razão de cancelamento e despesas de adiamentos de eventos. Incluindo a própria Olimpíada de Tóquio, no Japão. Quando alguma cobertura limitada é encontrada, o custo chega a agregar até 20% ao custo do seguro.
“Qualquer doença transmissível ainda assusta os resseguradores. Mas certamente vamos atualizar o produto com diferenciais que podem surgir ao longo do tempo”, garante. Segundo Juliana, o que os resseguradores discutem é cobrir no futuro as despesas para os organizadores em caso de cancelamento ou adiamento do evento para doenças transmissíveis ainda não conhecidas.
N.F.
Revista Apólice