EXCLUSIVO – A troca, aumento ou diminuição do seguro de vida é um movimento que gera insegurança nos consumidores. O produto é essencial para qualquer pessoa, independente de sua condição social, profissional ou familiar, pois é o responsável pela reconstrução de patrimônio em momentos delicados na vida do segurado.
É importante saber em quais situações, profissionais e pessoais, indicam a necessidade de mudança. De acordo com Fernanda Ramires, senior manager sales da Energy Broker, a escolha do seguro de vida deve ser feita com o auxílio de um corretor habilitado, conhecido ou indicado por alguém próximo, que realmente tenha conhecimento sobre o mercado de seguros e saiba indicar o mais apropriado para cada perfil.
“Também é importante ressaltar que quanto mais jovem o indivíduo for, mais “barato” fica o seguro, já que os pagamentos serão diluídos por anos e o risco apresentado por aquela pessoa é muito menor, se comparado com uma pessoa que inicia um seguro de vida com idade mais avançada e algum tipo de problema de saúde pré-existente”, avalia a executiva.
Fernanda ensina que é recomendável que o seguro de vida corresponda a pelo menos 20% dos bens do indivíduo, estejam eles quitados ou não. Nesta conta devem entrar: os imóveis, financiamentos, carros, conta corrente, investimentos, empréstimos, cotas empresariais e etc, e até as dívidas contraídas. “No caso de morte do segurado, aquele que for o herdeiro deverá arcar com os valores devidos e com a manutenção dos bens. Neste caso, se o seguro corresponder a pelo menos 20% do patrimônio, o herdeiro conseguirá administrá-los”.
Fabiano Lima, diretor de Vida, Previdência e Capitalização da Zurich, aponta que mesma forma que uma pessoa precisa endossar o seguro auto quando troca de carro, a chegada de mais um filho implica em sua entrada no plano de saúde, o seguro de vida precisa ser atualizado constantemente. “A chegada de um novo filho, por exemplo, faz crescer a necessidade de proteção por Seguro de Vida, de forma a garantir a criação e educação do recém-nascido até que ele seja capaz de alcançar a independência financeira, que pode só acontecer quando ele completa a faculdade”, explica Lima.
Ele continua: “Por outro lado, pois quando uma família possui determinada cobertura para um filho e ele alcança sua independência financeira, a família pode reduzir esta cobertura”. É importante que esta avaliação de necessidades seja realizada anualmente. “Recomendamos que um corretor de seguros de confiança da família seja consultado tanto para o mapeamento das necessidades quanto para a procura de uma cobertura e seguradora que melhor atendam tais necessidades pessoais”, aconselha Lima.
O presidente do Clube de Vida em Grupo de São Paulo, Marcos Kobayashi, ressalta que além do seguro de vida corporativo, é importante ter também um backup particular, para proteger em caso de rescisão contratual (saída voluntária ou involuntária). “O que define a contratação do seguro de vida é a saúde. Ou seja, não importa ter um seguro pela
empresa se, anos depois, ao decidir contratar um particular, apresentar nesse momento algum impeditivo para a aceitação/subscrição da seguradora, como, por exemplo, o diagnóstico de alguma doença. Outro ponto é ter um seguro ajustado e compatível com as suas necessidades. Por isso, o complemento de coberturas, serviços e capitais por meio do seguro de vida individual é fundamental”, ensina Kobayashi.
Outras coberturas
O seguro de vida pode oferecer outras proteções para serem aproveitadas ainda em vida pelo segurado como a cobertura para doenças graves, que ele recebe ao ser diagnosticado. Existe também o seguro de vida resgatável, que permite o retorno de parte do prêmio pago ao longo da vida. “Toda e qualquer indenização de seguro de vida é livre de imposto, incomunicável e impenhorável”, destaca Fernanda.
A mudança do seguro de vida pode ser necessária quando o indivíduo muda de cargo, troca de atividade profissional ou em função do risco, por exemplo. Para qualquer tipo de mudança no seguro de vida o mais indicado é buscar o auxílio de um profissional da área, um corretor conhecido ou indicado por alguém, que possa analisar as situações e indicar a melhor resolução. “De antemão, adianto que não se pode aumentar o capital de uma apólice de seguro de vida já existente. Reduzir o valor é possível, mas aumentá-lo não. Nestes casos, o indicado é que o indivíduo faça um novo seguro complementando o capital da apólice vigente, sempre que a mudança de condição ocorrer, atualizando seu novo cargo, a nova atividade profissional ou o risco”, ensina Fernanda.
Em caso de morte do segurado, todas as apólices serão pagas aos beneficiários ou herdeiros diretos, sendo eles indicados no momento da contratação ou a qualquer momento.