Ultima atualização 07 de novembro

Jornada da transformação digital no setor de seguros será longa

O 13º Insurance Service Meeting, organizado pela CNseg, mostra que o setor ainda está em fase de transformação, com poucas novidades consolidadas

EXCLUSIVO – Qualquer movimento inovador, seja disruptivo ou progressivo, vem para melhorar as soluções que atendem os objetivos das companhias. Segundo Marcio Coriolano, presidente da CNseg, em seu discurso na abertura do 13º Insurance Meeting, são três ações que caracterizam esta tranformação. “A primeira são os incrementos tecnológicos, que executam processos e rotinas e aumentam a produtividade; a segunda são as inovações que agregam novos negócios e necessitam de escala, capital e sinergia, que somente um parceiro incumbente consegue agregar; e, a terceira vertente são aquelas ações com capacidade para ampliar a base de penetração dos seguros, com produtos e serviços que possam poupar capital e mudar a forma de tomar o risco”.

Flávio Franco

O Head of Customer Engineer Latam da Google, Flavio Franco, mostrou que há mais 50 bilhões de dispositivos ligados à internet, que geram uma infinidade de dados não estruturados, mas que podem ser úteis para a análise de riscos. Mais uma vez, ficou claro que o grande desafio é como utilizar estes dados.

“Apenas 50% dos dados estruturados são utilizados e menos de 1% dos dados não estruturados. Temos que mudar as técnicas para lidar com os dados, para que seja possível manipulá-los em escala, da melhor maneira possível”, mostrou. O lado bom, segundo Franco, é que as pessoas continuam dispostas a trocar seus dados por benefícios, sejam eles descontos ou uma experiência mais personalizada.

 

Leia mais: CNseg debate o fim do mercado de seguros como conhecemos

Economia prateada: mercado trilionário que ninguém está vendo

Em paralelo ao evento de Insurance Meeting acontece o 4º Encontro de Inteligência do Mercado. Em sua primeira palestra, o evento jogou luz sobre a economia prateada, um segmento que já representa a 3a. economia do mundo e que não é vista ainda em todo o seu potencial de consumo.

O Estudo Tsunami60+, realizado pela Hype60, apresentou alguns dados que reforçam a importância deste setor. No Brasil, 64% das pessoas acima de 60 anos são provedores financeiros ou afetivos das famílias. “Este segmento consome R$ 1 trilhão, mas ainda passa despercebido. Os maduros já representam 50% do consumo global. Mesmo assim, 70% dos criativos das agências de publicidade nunca receberam uma demanda para criar soluções específicas para este nicho”, explicou Clea Klouri, sócia da Hype 60.

João Paulo Merlin e Cléa Klouri

O Brasil é um dos países que está envelhecendo mais rapidamente no mundo. “Em 2050 seremos o terceiro país mais velho do mundo. Já temos mais avós do que netos na sociedade. É importante lembrar que esta é uma geração financeiramente independente e digital. Há oportunidades em todas as áreas para atender os mais velhos, entretanto, é preciso lembrar que a velhice é heterogenia”, classificou Clea.

Mesmo assim, menos de 15% das empresas americanas definiram algum tipo de estratégia para chegar aos idosos. O que as pessoas querem é mais representatividade. A pesquisadora lembrou: “Os 60+ tem dinheiro, são shoppers, e querem consumir. Qualidade de vida vai além de saúde e previdência”.

Um estudo apresentado por Antonieta Scarlassari, Controller da Alfa Seguradora, com dados do mercado brasileiro de seguros, mostrou que o mercado de seguros ainda não despertou para este público. “O resultado da pesquisa revela que 47% dos entrevistados não faz análise voltada ao publico com mais de 60 anos na hora de subscrever os riscos”.

Kelly Lubiato
Revista Apólice

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