A dinâmica das mudanças no mundo impacta diretamente a sobrevivência e competitividade das organizações que, dia após dia, precisam inserir no mercado produtos e serviços. A mudança é uma das principais características do mundo contemporâneo, é a chave da inovação e consiste em promover movimentos graduais no ambiente e nos produtos, serviços, processos e pessoas. Mudar não é mais uma opção, é uma exigência acerca da existência.
Em um cenário globalizado e de tecnologia sem limites para a interação, novos desafios e possibilidades geram espaço para inovação. Promover isto é um desafio, cujo cerne está em desenvolver novas formas de entregar as experiências que atendam aos desejos dos consumidores e usuários de produtos e serviços. Para tanto, as organizações consideradas bem-sucedidas são as que geram de forma consistente novos conhecimentos, sendo estes fomentados e incorporados de forma ágil.
Inovar reúne etapas que guiam atividades desde a geração de ideias para criar ou aprimorar coisas existentes até a execução de solução problemas. Para que os processos de inovação sejam possíveis, eles precisam ser estruturados. Em meio a diversas abordagens, o design thinking permite que isso aconteça por meio da tangibilização dos pensamentos e processos através da criatividade. Hoje é considerada a competência do futuro, sendo fundamental para a geração da inovação.
O design thinking foi popularizado como um motor de inovação, sendo considerado uma abordagem que se refere à maneira de pensar do designer. Utilizando o raciocínio abdutivo, ele desafia padrões e repensa contextos em busca de novas ideias, através de técnicas e ferramentas próprias ou de outras disciplinas.
O conceito do design thinking é baseado na adaptação e criatividade e já foi usado por inúmeras empresas que provaram sua eficácia através de resultados. Os procedimentos consistem em etapas de imersão para compreensão original da demanda, podendo ser dividida em preliminar, quando há um primeiro contato com o desafio, ou e em profundidade, quando se inicia o levantamento das necessidades e oportunidades que irão nortear a geração de soluções na etapa adiante (denominada de ideação). Nessa segunda etapa, acontece a divergência, quando as ideias são impressas e apresentadas sem nenhum julgamento. É o momento efetivo de expressar as ideias “fora da caixa”, objetivando responder o desafio. Na etapa seguinte, trabalha-se a prototipagem para validar as ideias geradas, cujo momento contempla refinar e adequar a proposta de acordo com o desejo dos usuários, gerando uma proposta exequível para ser testada num processo contínuo de melhoria, até que ele se transforme em uma verdadeira solução potencial, sem deixar de retomar esse ciclo.
Novos mercados, novas tecnologias e sistemas de comunicação, novos modelos de gestão, novos produtos e serviços, novas demandas advindas das pessoas, surgem diariamente, em alta velocidade. Essas transformações reivindicam novos modelos de gerenciamentos integrados à agilidade. Por isso, o design thinking tornou-se uma fonte de vantagem competitiva e diferenciação para as organizações, sendo de fato absorvido e replicado através da interação entre pessoas e ambientes.
Sobre o autor
Felipe Siqueira, parceiro da Sistran