Semana Enef – A 5ª Semana Nacional de Educação Financeira, que ocorre de hoje (14) a 20 de maio, vai concentrar as principais ações de educação financeira de entidades públicas e privadas em todo o País. O objetivo da Semana Enef é contribuir para o fortalecimento da cidadania ao fornecer e apoiar ações que ajudem a população a tomar decisões financeiras mais autônomas e conscientes.
Coordenado pela AEF-Brasil, o evento terá participação da B3, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da CNseg, da Susep, entre outras entidades. A Superintendência terá forte participação no evento e vai reforçar a importância da sustentabilidade no desenvolvimento econômico. “Temos uma preocupação com consumo consciente e com a responsabilidade social”, declara Flávio Vasconcelos Andrade, analista técnico da Coordenação de Relações Institucionais da entidade. “Quando se fala em sustentabilidade, as pessoas acham que se trata apenas de questões ambientais, mas é algo diretamente ligado aos valores econômicos e sociais”, continua.
A Susep promoverá três atrações durante a semana, com destaque para o Fórum de Sustentabilidade de Seguros, que ocorre na quarta-feira. “O evento vai reunir supervisores do setor para discutir as mudanças climáticas e as medidas que o mercado deve tomar para reagir a essas alterações”, declara Andrade. “O Brasil precisa desses debates mais do que ninguém, pois tem uma agricultura enorme, a maior floresta do mundo e dimensões continentais. A influência desses recursos naturais na saúde financeira é inegável”.
Realizada anualmente desde 2014, a Semana Enef apresenta números positivos. Em 2017, foram mais de 3.600 ações presenciais e online, organizadas por 101 instituições, que atingiram cerca de três milhões de pessoas em todo o Brasil. “O brasileiro tem o potencial para se tornar um conhecedor financeiro. Se ele compreender que o fato de jogar lixo na rua pode lhe trazer grandes prejuízos em época de chuva, terá consciência de que seus atos podem influenciar no seu próprio futuro”, exemplifica o analista.
A estratégia foi criada através da articulação de sete órgãos e entidades governamentais e quatro organizações da sociedade civil, que juntos integram o Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef). “O consumidor será mais preparado. Não se poderá apenas vender um produto. Os canais de distribuição vão precisar responder a uma pergunta crucial: por que o cliente deve adquirir meu produto ou serviço?”, explica Andrade.
Sobre a semana
A Enef tem três alvos principais: alunos do ensino fundamental e médio, trabalhando na distribuição de material em conjunto com o Ministério da Educação (MEC); aposentados que ganham até dois salários mínimos; e mulheres que recebem o Bolsa Família. O analista diz que as ações que mais sofreram mudanças nesse ano foram as voltadas aos alunos. “Antes eles recebiam livros que não passavam pelas mãos dos professores. Agora são os docentes que recebem o conteúdo e repassam aos jovens. Assim há um maior controle sobre o que eles aprendem”, diz.
Andrade ainda destaca que uma das conquistas da Conef foi colocar a educação financeira na base curricular obrigatória. “O conteúdo será passado de maneira transversal, tendo vínculos com outras matérias, como matemática. Começar pelos jovens será o grande diferencial”, anima-se. A partir de 2019, a educação financeira passa a fazer parte de uma lista de assuntos que devem ser incorporados às propostas pedagógicas de estados e municípios na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Vale lembrar que as ações da Enef podem ser oferecidas por instituições públicas ou privadas. Além disso, são obrigatoriamente gratuitas, devem ser de interesse público, não podem ter caráter comercial e não podem recomendar produtos ou serviços financeiros. O conteúdo deve ser imparcial e técnico, sem nenhum tipo de viés.
