Ultima atualização 01 de setembro

Testes genéticos preditivos colocam os seguradores em desvantagem?

Com os testes genéticos tendendo a se tornar cada vez mais comuns, o acesso aos resultados deve se dar de forma igual por seguradores e segurados?

testes genéticos

Há um ditado que diz: “o que você não sabe não pode te prejudicar”. No mercado de seguros, o que você não sabe tem, e muito, potencial de te prejudicar.

A publicação The Economist lançou uma matéria sobre testes genéticos preditivos – que servem para que as pessoas investiguem seus DNA’s e descubram se têm potencial de desenvolver alguma doença crônica no futuro – e afirma: esses testes serão um fator de disrupção no mercado de seguros.

Imagine os seguintes possíveis cenários:

1 – Um cliente em potencial faz o teste para conhecer os riscos à sua saúde. Os resultados são mantidos em segredo. Possivelmente, ganhando vantagem sobre as companhias de seguro que não receberão essa informação, já que esses diagnósticos não devem ser amplamente divulgados.

2 – As seguradoras têm acesso aos resultados dos testes genéticos preditivos. Baseadas nessas informações, decidem dar ou não as coberturas às pessoas com riscos elevados.

As dúvidas

É aí que mora o dilema. Com os testes genéticos tendendo a se tornar cada vez mais comuns, a questão é se o acesso aos resultados deve se dar de forma igual pela partes. O que aconteceria em cada caso?

De acordo com The Economist, as companhias de seguro estão preocupadas com a qualidade de suas subscrições de risco, enquanto os segurados se preocupam com o fator discriminação. Compreensivelmente, alguém com uma alta chance de morrer mais cedo deverá querer contratar, por exemplo, um seguro de vida, enquanto a seguradora pensará duas vezes antes de assumir esse potencial cliente.

A matéria cita uma companhia da Califórnia, EUA, que obteve amparo legal para procurar por riscos associados às doenças e condições genéticas com testes que podem ser solicitados pela internet – abrindo um precedente para acelerar ainda mais acessibilidade a esses testes.

Enquanto as regulamentações de mercado geralmente não permitem a divulgação dos testes preditivos, as regras podem variar de acordo com a localidade do cliente. Há países nos quais as companhias que fazem seguro de vida podem pedir que seus clientes mostrem os resultados desses testes em apólices com alto valor de indenizações.

No Reino Unido existe um embargo a essa prática, com exceção apenas para Doença de Huntington. Já nos EUA, os seguradores de saúde são proibidos de usar informações genéticas preditivas, mas a regra não se aplica a outros tipos de seguros.

com informações: The Economist e Insurance Business

A.C.
Revista Apólice

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