O setor de seguros registrou crescimento nominal de 9,2% em 2016 na comparação com 2015, de acordo com dados divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) e compilados pela CNseg. O resultado representa um volume de arrecadação de R$ 239,3 bilhões e diz respeito ao desempenho das carteiras de seguros gerais, vida, previdência complementar aberta e capitalização.
É importante ressaltar ainda o crescimento expressivo no volume de indenizações, benefícios, resgates e sorteios pagos pelos segmentos regulados pela Susep em 2016, que alcançou R$ 121,6 bilhões. Esse valor representa, efetivamente, o papel do setor de seguros em relação à proteção do patrimônio dos brasileiros.
Outro dado a ser destacado foi a expansão de 19,3% das reservas técnicas, as quais atingiram o patamar de R$ 785 bilhões no ano passado, confirmando o mercado segurador brasileiro como um dos mais importantes investidores institucionais do País.
O desempenho do setor de seguros em 2016 está em consonância com as projeções realizadas pela Confederação para o ano, as quais indicavam um crescimento nominal entre 8% e 10%. Esse resultado, porém, não considera o segmento de saúde suplementar, cujos últimos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) permanecem posicionados em setembro de 2016. Até aquele mês, a arrecadação dos planos privados de saúde foi de R$ 120,7 bilhões, um crescimento nominal de 12,2% contra igual período de 2015, mantendo o mesmo patamar de expansão observado no primeiro semestre. Vale ressaltar que, até setembro, o mercado de seguros, incluindo operação de saúde, arrecadou R$ 291,5 bilhões. Ou seja, a saúde suplementar representou 41,4% do total da receita do setor em termos amplos.
Para 2017, a estimativa é um crescimento nominal da arrecadação entre 9% e 11%. “O setor de seguros sempre responde positivamente às políticas públicas que venham a contribuir para o restabelecimento do cenário macroeconômico brasileiro, e o desempenho do mercado está atrelado aos avanços que podem ser alcançados ao longo do ano”, afirma o presidente da entidade, Marcio Coriolano.
Principais contribuições para o incremento da arrecadação do setor em 2016
- Plano de previdência VGBL: expansão de 21,9% (receita de R$ 105,0 bi, representando 43,9% do total do mercado);
- Seguro de vida e acidentes pessoais (Individual): crescimento de 27,4% (receita de R$ 6,6 bi, correspondendo a 2,8% do total do setor de seguros);
- Seguros de crédito e garantia: aumentou 15,0% (receita de R$ 3,1 bi ou 1,3% do total).
- Seguro rural: aumento de 11,3% (receita de R$ 3,6 bi, equivalendo a 1,5% do total da arrecadação do setor);
- Seguro habitacional: incremento de 10,9% (receita de R$ 3,4 bi ou 1,4% do total).
Já o ramo de seguro de automóveis fechou 2016 com uma retração de 2,4% (receita de R$ 31,7 bilhões, representando 13,3% do total arrecadado regulado pela Susep). Desempenhos negativos também foram observados nos ramos de riscos de engenharia (-23,0%); seguro de garantia estendida (-9,3%); planos tradicionais de risco (-6,2%); capitalização (-2,0%); e seguros de vida coletivos (-0,2%).
L.S.
Revista Apólice