A inteligência artificial já chegou ao mercado de seguros japonês. A companhia Fukoku Mutual Life deverá substituir 34 funcionários por robôs. Eles serão usados para funções como os cálculos de indenizações para segurados. Com isso, a seguradora espera aumento de 30% na sua produtividade.
A tecnologia utilizada é a IBM Watson, software cognitivo capaz de ler documentos médicos que são utilizados para a liberação de pagamentos. Os robôs calcularão os montantes a serem pagos, mas a decisão final ainda caberá a um funcionário humano.
A seguradora irá gastar cerca de US$172 milhões para instalar o sistema, enquanto a manutenção deverá custar, aproximadamente US$123 mil por ano. A companhia espera cortar, aproximadamente, US$1 milhão em custos com uma redução de 30% de funcionários no departamento.
Não é a primeira vez que a Inteligência Artificial é utilizada no mercado financeiro. Em outubro de 2016, um banco na Suécia também usou a tecnologia cognitiva para serviços voltados aos clientes; depois que o sistema se mostrou eficaz em projetos internos.
Nesse caso, o robô chamado Amelia, lançado em 2014, tem a capacidade de compreender a semântica da língua e aprender a desenvolver processos de negócios e tirar dúvidas como humanos. Podendo ainda ler 300 páginas em 30 segundos e aprender através de experiências e observação da interação de funcionários humanos e clientes.
De acordo com especialistas, não apenas o mercado financeiro será transformado por tecnologias como essa. A consultoria Deloitte acredita que todos os setores da economia dos EUA deverão ser afetados pela automação dos processos nos próximos 20 anos; com 74% dos trabalhos nas áreas de transportes e armazenamento, 59% dos cargos em atacado e varejo e 56% dos trabalhos industriais têm uma grande chance de utilizar essas tecnologias.
A pesquisa aponta também que 16% de todo setor público do Reino Unido pode se tornar automatizado até 2030.
A.C.
Revista Apólice