Ultima atualização 24 de novembro

Setor de seguros sofre retração de 8,8% na América Latina

Em 2015, o setor de seguros da América Latina sofreu 8,8% de retração, influenciado pela depreciação das moedas latino-americanas em relação ao dólar, principalmente o real brasileiro e o peso colombiano, e pela forte deterioração da taxa de câmbio na Venezuela. O volume total de negócios do setor chegou a 150,818 bilhões de dólares.
Esta é a conclusão do estudo anual do Serviço de Estudos da Mapfre sobre o mercado de seguros na América Latina, publicado pela Fundación Mapfre. O relatório aponta que a retração sofrida pelas dez principais companhias de seguros da região, que englobam 41% da receita do mercado, chegou a 19%, perfazendo 61,964 bilhões de dólares.
No ranking total de prêmios, o estudo confirmou novamente a liderança do Grupo Bradesco, com uma receita de 10,759 bilhões de dólares e 7,1% de participação no mercado.
A seguir está a Brasilprev, com 6,8% de participação. A carteira de seguros dela último é totalmente composta pelo produto Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), que tem sido o motor de crescimento do seguro de Vida no Brasil nos últimos anos. O Grupo Mapfre ocupa o terceiro lugar na classificação, com 9,674 bilhões de dólares em prêmios (52% deles provenientes do Brasil) e 6,4% de participação no mercado.
O exercício de 2015 também esteve marcado pela divulgação de importantes acordos empresariais de fusão e aquisição no setor de seguros. Somente nove dos vinte e cinco grupos que estão presentes no ranking obtiveram crescimento de prêmios em dólares, cabendo o destaque ao grupo colombiano Suramericana, com 33,3% de aumento, que adquiriu todas as filiais do grupo britânico RSA na região em 2015.

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Fonte: Serviço de Estudos da MAPFRE (com dados de órgãos de supervisão da região)
1 Participação do Banco do Brasil e do Principal Financial Group

Em relação ao negócio de Não vida, chegou a um volume total de 88,784 bilhões de dólares na América Latina, 7,4 por cento a menos do que o ano anterior. Os 25 maiores grupos de seguros do setor de Não Vida na América Latina englobam 58% dos prêmios e, em 2015, alcançaram 51,195 bilhões de dólares de receitas, representando 10,5% de queda em relação às receitas obtidas no ano anterior.
O ranking de Não Vida continua sendo liderado pela Mapfre, com US$ 7,299 bilhões em 2015, o que representa mais do que o dobro de volume de negócio alcançado pelos seus concorrentes mais diretos.

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Por último, no que diz respeito ao negócio de Vida, as três primeiras posições continuaram sendo lideradas por grupos brasileiros. Em 2015, os 25 maiores grupos de seguros de Vida na América Latina acumularam US$ 50,976 bilhões em prêmios, representando 12,6% de redução em relação às receitas obtidas no ano anterior.

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Metodologia

Nesta edição do ranking foram incluídas algumas alterações metodológicas que têm como finalidade apresentar informações mais completas do mercado de seguros da América Latina, mostrando também os prêmios de entidades de seguros que trabalham no campo de seguro de previsão.
Adicionalmente, outra das novidades mais evidentes é a apresentação das informações em dólares norte-americanos, em vez de em euros, como vinha sendo feito em edições anteriores. Esta medida foi tomada para manter a coerência com os padrões de mensuração dos fluxos financeiros internacionais, para evitar erros de leitura originados pelo câmbio cruzado entre moedas locais e o euro.
A versão completa do Relatório (em espanhol) está disponível para consultas aqui:

K.L.
Revista Apólice

 

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