Ultima atualização 08 de outubro

O mercado de seguros já é digital

PASI CONEC

“O mercado de seguros já está digitalizado. Isso já é uma realidade” – com essa afirmação, Guilhermo Bressane, head do setor de finanças da Google Brasil, iniciou a palestra sobre a relação entre tecnologia e clientes do mercado de seguros.

Com 168 milhões de smartphones, muitos brasileiros não conhecem o acesso à internet por outro meio que não sejam essas pequenas telas. Dados da Google compilados até agosto de 2016 mostram que 28% das pesquisas sobre seguros vêm desses aparelhos. 

A internet é a maior fonte de informação para a decisão de compra de produtos. As buscas que são feitas diariamente são uma clara maneira de refletir a intenção real de compra desses consumidores. Tanto é que Bressane afirma que o aumento das buscas pelo  termo auto no Google acompanha diretamente o aumento da contratação de seguro auto no País.

É preciso captar essa demanda. Fazer de sites de busca e outros meios de mídias sociais prateleiras digitais para os produtos disponíveis. A iniciativa pode vir dos corretores em canal próprio, das seguradoras direcionando os esforços para atingir os corretores ou mesmo de corretores e seguradoras atuando juntos.

Dino Braghi, head do mercado segurador da IBM, lembra que clientes novos trazem uma série de novas expectativas. “As gerações mais novas procuram produtos mais dinâmicos e que não exigem que se fale com ninguém durante o processo”, comentou.

Isso não quer dizer que os produtos precisam ser genéricos, pelo contrário. É preciso estar o tempo todo perto dele, em tempo real. Estar junto e entendê-lo. Visibilidade de 360 graus.

Para todos os processos, segurança. Essa é uma das maiores Preocupações das pessoas quando eles pensam no meio digital. Mas quando produtor, canal de vendas e clientes estão usando s ferramentas, é preciso acompanhar. Para o corretor, a certificação digital, assinatura digital, servem para que esses processos fiquem mais seguros. Se o meio digital pode ser manipulado, Mara Teresa Aarão afirmou que “é preciso mais tecnologia para criar documentos com a cobertura mais acertada para esses riscos”, defendeu.

Gerar provas de que um acordo está fechado pelo celular é fácil: vídeo, áudio são fatores que podem provar que a pessoa que concorda com o proposto é aquela com quem está se falando por meio de plataformas online, mas para decisões mais complexas, é necessário ter algo como a certificação digital.

Impacto de gerações

A principal questão antecede a tudo isso. Esse é um momento de choque de realidades entre as gerações que sequer sonhavam com a internet e aqueles que têm contato com ela desde cedo, alguns de berço. Um ponto chave, levantado por Rafael Caetano, diretor de Marketing, Canais Digitais e Vendas Online da Porto Seguro. “Nas novas gerações, ter não é relevante. O mais importante é ser. As experiências é que contam”, afirmou.

As gerações Y e Z têm pouca ou nenhum afinidade com o mercado de seguros. E eles dão boas ferramentas para os corretores de seguros trabalharem. Dados. Eles que estão nas redes sociais, cordial interagindo no mundo digital, podem ser acompanhados por posts no Facebook e estão mais acessíveis para que se construa uma relação.

Marcelo Blay, da comissão de tecnologia do Sincor-SP e da Minuto seguros, falou sobre sua experiência com a corretagem online e foi enfático em dizer que as pessoas não compram seguro online. Elas não finalizam a transação de forma online. “O atendimento humano não vai acabar as pessoas ainda valorizam muito isso”. Para ele o que falta é aproximação entre os players, pois o distanciamento entre seguradora e corretores é o mais prejudicial.

Amanda Cruz
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
100% Free SEO Tools - Tool Kits PRO