Conec 2016 – O agronegócio no mercado de seguros foi o tema da última palestra do dia no auditório Empreender, no XVII Conec.
Célio Porto, do Instituto Pensar Agro, começou sua fala trazendo os dados que fazem do País o mais indicado candidato para “alimentar o mundo”. Brasil reúne dois potenciais para o agronegócio: água e terras em abundância.
O País tem ainda 46% de suas exportações e 21% do PIB baseadas no agronegócio. Sendo maior exportador de açúcar, café e soja., com 10 seguradoras operando com seguro rural, além de uma comissão no governo para guiar o programa de subvenção. “A Frente Parlamentar do Agronegócio – do governo- semanalmente discute assuntos como seguro e crédito rural”, garante Porto. Isso mostra que há uma preocupação efetiva com o produto.
Já Waldy Curi, do BB e Mapfre, afirma que o Seguro Agrícola é a única modalidade de seguro prevista na constituição que não é um seguro social. “Todos os grande países produtores têm programas sólidos com seguro como política agrícola”, explica Curi.
O papel da subvenção do seguro agrícola incentiva a demanda pelo produto, garante expansão e propicia novos produtos. Sabe-se que 83% das perdas estão em 2 eventos climáticos: chuva extrema ou seca prolongada.
Isso significa que os sinistros podem ser causados por eventos distintos e que é preciso conhecer o tipo de safra e de riscos mais prováveis para proteger bem esses clientes. “Se o agricultor não for compreendido, o seguro não será efetivo”, acredita Curi. Ele afirma ainda que é importante buscar além do que o clima típico diz sobre os riscos. A apólice multirriscos está disponível para cobrir todos eventos.
“Se a seguradora declina risco é porque o produto não atingiu o seu objetivo. Deve-se estar pronto para indenizar” – diz Curi. Para ele, falta ainda a cultura da agricultura para s companhias do mercado. “Seguradoras não têm a cultura da agricultura. Não vamos ao campo para conhecer o segurado. O agricultor tem a cultura Seguro”.
Agregar
Como os outros painéis do auditório Empreender, a lição aqui é que existe muitas possibilidades e que o seguro agrícola se mostra como uma delas, se o corretor estiver disposto a conhecê-la bem e estudar incansavelmente sobre o assunto.
“Queremos trazer colegas de fora do ramo. Há muito campo para ser trabalhado” acredita David Elias, especialista na área . R$ 12 bi são disponibilizados para a subvenção do produto. Para Célio Porto, a questão está no fato de que a distribuição precisa ser revista: apenas 15% da área plantada tem seguro. Por outro lado, há o lembrete: há espaço para crescer.
Amanda Cruz
Revista Apólice