[box color=”#000″ bg=”#fff” font=”arial” fontsize=”12″ radius=”20″ border=”#ff6600″ float=”left” head=”Blockchain ” headbg=”#fff” headcolor=”#000″]Tecnologia subjacente da moeda digital Bitcoin, mas suas aplicações em moedas criptografadas, contratos inteligentes e livros-razão distribuídos estão sendo exploradas pela indústria de serviços financeiros. A tecnologia de contratos inteligentes permite execução digital dos mesmos, com livros-razão automatizados e distribuídos, que são projetados para serem incorruptíveis. Assim, tendo o potencial de reduzir significativamente a arbitrariedade e funções de validação tradicionalmente realizadas por instituições terceirizadas, como bancos, intermediários e administradores, auditores e câmaras de compensação.[/box]
A Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), através de seu centro de competência Allianz Risk Transfer (ART) e em parceria com a Nephila Capital Limited anuncia que teve êxito na utilização da tecnologia Blockchain de contratos inteligentes para realizar transações de swap em catástrofes naturais. O êxito na realização do teste não apenas demonstra que o processamento transacional e acordos entre seguradoras e investidores podem ser significativamente mais rápidos e simplificados por meio de contratos baseados em Blockchain, mas também, aponta para outros benefícios. Entre eles estão o aumento na negociabilidade de títulos de catástrofes e oportunidades mais amplas de aplicar esta tecnologia em outras transações de seguros.
A tecnologia de contratos inteligentes baseados em nesse modelo tem o potencial de facilitar e acelerar o processo de gerenciamento do contrato. Cada contrato validado na infraestrutura aberta compartilhada contém dados e códigos autoexecutáveis inerentes a estes contratos. Quando um evento gatilho (trigger, em inglês) que atende as condições acordadas acontece, o contrato inteligente colhe informações pré-definidas de todos os participantes. Então, automaticamente, ativa e determina os pagamentos das partes contratadas.
“A tecnologia Blockchain aumentaria a confiança, capacidade de auditoria e velocidade para ambas as trocas e obrigações de catástrofes, na medida em que haveria menos processamento manual, autenticação e verificação por meio de intermediários para confirmar legitimidade de pagamentos/transações de e para os investidores”, explica Richard Boyd, diretor de Subscrições da Allianz Risk Transfer, nas Bermudas. “Trocando as intervenções humanas, que atualmente estão incorporadas a todo o processo de transferência de risco, atrasos de atrito e o risco de falha humana são complemente removidos – com efeito radical na velocidade e eficiência do processo e, no caso de títulos, sobre a possibilidade de negociação de tais valores mobiliários”.
Os títulos e swaps em catástrofes são instrumentos financeiros que transferem um conjunto específico de riscos, normalmente de desastres naturais, como furacões e tufões, de uma seguradora ao investidor ou outros seguradores, utilizando gatilhos com parâmetros definidos. No caso de um swap financeiro em catástrofes, o segurador paga um terceiro para assumir o risco financeiro de um evento catastrófico definido, como um furacão na Flórida, em troca de um pagamento ou séries de pagamento. Se o evento acontecer e coincidir com os “gatilhos” pré-definidos, o terceiro é responsável pelo risco financeiro previamente acordado.
Títulos de catástrofe seguem uma abordagem semelhante, mas com múltiplas partes assumindo a exposição da catástrofe por meio de um instrumento financeiro segurado no qual todas as partes investem. Se um evento catastrófico ocorre, os investidores perdem completamente ou parcialmente o capital investido; se não, eles recebem juros na forma de ‘cupons’ de pagamentos periódicos, assim como, ao fim do título, o retorno do capital investido.
A.C.
Revista Apólice