Com o objetivo de apoiar as famílias que sofrem com a obesidade infantil de seus filhos, a AzimuteMed desenvolveu o programa Criança Saudável. “Nosso propósito é que crianças alcancem o peso ideal com qualidade de vida”, conta Luciana Lauretti, sócia da operadora de saúde.
O programa atende crianças e adolescentes de seis a 17 anos. “Elegemos cuidar de pacientes a partir dos seis anos, pois é nessa idade que há a maior incidência da obesidade. É nessa faixa etária que se desenvolve a autonomia, os limites para escolhas e o meio social e cultural passam a influenciar”, explica a gestora.
Ao ingressar no programa, a criança, na companhia do responsável, faz uma avaliação nutricional, que identifica os hábitos e a rotina dela e da família. A partir do resultado, ela passa a receber assistência personalizada de uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiras, nutricionistas, psicólogas, entre outros profissionais de saúde, durante sete meses.
Ainda nessa primeira fase, a família recebe um material impresso com orientações para mudança de comportamento e a criança ganha um kit com lancheira e garrafa térmica. Na etapa seguinte, a família passa a ser acompanhada através de contatos telefônicos, SMS, videoconferência, chat, e-mail e Whatsapp. Por esses meios, são enviadas receitas fáceis e saudáveis, dicas de atividades físicas, passeios, brincadeiras com bola e corda, entre outras orientações.
“É muito importante o envolvimento da família e dos educadores. Os pais e a escola são os principais responsáveis pela saúde da criança. Com a mudança dos hábitos em casa e na cantina, fica muito mais fácil a adaptação e transformação”, afirma Luciana.
No final do programa, a criança passa por nova avaliação nutricional para comprovar a perda de peso, estabilidade da saúde e a nova vida com qualidade.
Alerta
Segundo a última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em 2015, uma em cada três crianças de cinco a nove anos está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Comparada com estudos anteriores, o excesso de peso entre as crianças mais do que triplicou desde 1974: passou de 9,7% para 33,5%. Projeções da OMS apontam ainda que, até 2025, o número de crianças com sobrepeso e obesidade pode chegar a 75 milhões, caso nada seja feito.
O sobrepeso nas crianças traz consequências sérias durante a infância e no futuro, pode causar problemas graves como obesidade mórbida, doenças respiratórias como asma, hipertensão arterial alta, colesterol e triglicérides elevados, doenças ortopédicas no tornozelo, joelho e coluna, diabetes e diminuição na expectativa de vida. “Essas crianças também sofrem emocionalmente, ganham apelidos e são estereotipados – situações traumáticas que podem ser levadas para a vida adulta”, conclui Luciana.
L.S.
Revista Apólice