Ultima atualização 14 de dezembro

I Fórum Apólice de Soluções em Seguros

Revista prepara evento para apresentar ao mercado serviços e tecnologias capazes de melhorar o atendimento ao cliente e os resultados das empresas

O tremendo impulso da transformação digital, representado por tecnologias como Internet das Coisas, Big Data, mídias sociais e mobilidade, renova o (histórico) dilema da integração. E, aliás, acrescenta outros, no caso das seguradoras e resseguradoras, dos prestadores de serviços e dos fornecedores de soluções.

A questão que se coloca, a razão do mercado, é que cada empresa defina o seu modelo de gestão, alinhe os seus processos, defina seus indicadores e faça sua análise estratégica, seguindo a lição de Michael Porter.

As seguradoras poderão se beneficiar de tecnologias como nuvem, comprar pacotes e soluções de eficiência comprovada, ou partir para o desenvolvimento próprio, usando soluções de middleware, integrando back-office com portais, fazendo frente à avalanche de dados não estruturados e informações que a internet traz.

Seja como for, será preciso padronizar o atendimento e o relacionamento com o canal, responder às demandas regulatórias, desenvolver produtos novos com velocidade. Por outro lado, questões como gerenciamento de fraude apontam problemas não tão simples de resolver.

Inovação = produto + atendimento

A Liberty Seguros, por exemplo, misturou conhecimento internacional com atuação local, especialmente depois da aquisição da Indiana, seguradora especializada em seguro de automóvel. “Nós construímos soluções integradas e duradouras, a partir do nosso “core”, não acreditamos em soluções pontuais”, explica Ana Lucia D´Santi, diretora de tecnologia.

Combinando pacotes de mercado, como Salesforce, nuvem privada, uniformidade nos números e agilidade na tomada de decisão, a Liberty consegue um portfólio diversificado para os canais, e um atendimento omnichannel.

“Salesforce, por exemplo, não nos interessou porque é uma solução na nuvem, mas porque é uma solução que casa com nossa estratégia de mercado”, acrescenta.

A partir do DNA da Liberty, podemos até extrair uma fórmula para a inovação no mercado de seguros. Essa equação contempla dois termos: agilidade e excelência em produtos e no atendimento ao canal.

Pequenos problemas, grandes soluções

Pouco se fala, ultimamente, em workflow e Enterprise Content Management, até por conta de discussões muito mais impactantes, como big data, Internet das coisas, mobilidade e mídias sociais, temas centrais.

Mas o fato é que sem workflow, sem práticas muito bem estabelecidas e sem soluções especialistas em gerenciamento de conteúdo e imagem, impossível sequer pensar em temas como gerenciamento de fraude e big data.

Empresas como Hyland e Lexmark, a primeira uma veterana no mercado brasileiro, enquanto a segunda é mais conhecida no segmento de impressão, testemunham a vitalidade deste mercado.

A Hyland especializou-se em workflow de documentos como derivativos e outros, no mercado financeiro, fazendo frente a gigantes como Documentum, hoje parte do portfólio da EMC.

“Conseguimos resolver problemas como atrasos em pagamentos por conta de equívocos humanos”, explica Thelma Bruzzadin, CEO da Hyland Software no Brasil. Tome, por exemplo, o processo de contas médicas, onde o atraso pode chegar a incríveis 120 dias. “Desenvolvemos uma solução que vai da admissão do paciente até o pagamento”, esclarece.

A Lexmark, por sua vez, adquiriu uma miríade de empresas com soluções especialistas, como gerenciamento de imagem, que não fazem parte do pacote tradicional do gerenciamento de conteúdo. “Na área de logística, por exemplo, os documentos são, muitas vezes, pequenas tiras”, aponta Luiz Campos, gerente de negócios de soluções software da Lexmark.

“O processamento das tirinhas costuma consumir 45 dias. A nossa solução permite que o motoriste fotografe a tira, os dados do canhoto são interpretados e a imagem é postada no site da empresa, permitindo que o cliente comprove a entrega da mercadoria”, completa.

Gerenciamento de fraude

“A questão da fraude ganha força nas seguradoras, em função da necessidade de reduzir custos”, explica Cynthia Otilia Blanco, country manager da Microstrategy, pioneira no desenvolvimento de soluções de analytics para computação móvel.

Mais do que qualquer outra, a questão do gerenciamento de fraude mobiliza a junção de intervenção humana e sistemas de inteligência de negócios. “O mercado cresceu por inércia nos últimos anos, já que a penetração do seguro ainda é baixa, mas agora veremos pressão por redução de custos, diante da crise econômica”.

“Ainda estamos engatinhando”, assevera. Mas o caminho parece estar “na padronização das informações, na eficiência do workflow e na utilização de soluções de análise preditiva”.

Agilidade de resposta e integração desenham uma estratégia pret-à-porter para a gestão de processos e tecnologia, inclusive no caso do gerenciamento de fraudes.

Acelerar a transformação

Inovar é acelerar, cada vez mais. Jorge Sellmer, vice-presidente de inovação e produtos da Resource IT, um dos grandes integradores nacionais, com mais de 300 clientes e presença internacional, aposta numa estratégia de integração baseada em aceleradores.

“Desenvolvemos uma ferramenta de gestão de conhecimento e uma biblioteca de aceleradores, que usamos na nossa plataforma omnichannel voltada para o mundo de seguros. Para a plataforma SAP, por exemplo, temos um acelerador pronto”, explica Sellmer.

Já a Process Mind, dona da solução Insurance One, que ela batizou de plataforma de transformação digital para seguros, trabalha com um leque de componentes de negócios sobre tecnologia IBM. “Seja para a abordagem de software como serviço, identificada pelo acrônimo SaaS, onde a nuvem é a ferramenta que permite maior escalabilidade e facilidade de gerenciamento, seja com a infraestrutura na casa do cliente”, explica Alexandre Seidl, sócio-diretor da Process Mind.

Já a proposta da Sensedia é a de uma plataforma que organiza e gerencia Application Programming Interfaces (APIs), conectores específicos para ambientes de negócios. “A seguradora transforma-se em um birô de serviços, ela pode oferecer cada serviço em cima de uma API”, acrescenta Marcilio Oliveira, COO da Sensedia.

 

Conclusão

Porque participar de um fórum sobre soluções para o segmento de seguros?

Reuniremos, durante dois dias, executivos de diversas áreas das seguradoras, para discutir a melhor estratégia de diferenciação (sem esquecer a redução de custos, claro), num mercado cada vez mais ágil, que depende da velocidade para inovar.

Calibrar o mapa da estratégia digital só é possível por meio do conhecimento das opções disponíveis no mercado, isto é, das soluções desenvolvidas para as seguradoras.

Para fazer a transformação digital, é preciso saber para onde ir. Não há um único caminho possível, ainda que todos pretendam chegar ao mesmo ponto.

Traremos painéis de discussão sobre, principalmente, quatro temas: social media, mobilidade, gerenciamento de fraude e inovação. Nosso mote é, no entanto, mostrar as soluções para o mercado de seguros. A discussão das estratégias para a integração, caminho escolhido pela maior parte das seguradoras, aparece com força no último painel do evento, dedicado ao tema da inovação, e a abordagem não é para o profissional de Tecnologia da Informação, mas para o profissional de seguros, seja da área comercial, marketing, operacional ou financeira.

 

Estevam Freitas
Revista Apólice

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