Ultima atualização 20 de agosto

Lloyd’s destaca riscos da indústria de drones

Ataques cibernéticos, pilotos imprudentes e violações de privacidade são ameaças fundamentais para a indústria de drones, adverte novo relatório

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O setor de drones é um componente dinâmico e importante da indústria de aviação global, cuja despesa global de aquisição deverá dobrar para US$ 91 bilhões nos próximos 10 anos, até 2024. No entanto, preocupações relacionadas à segurança e vigilância precisam ser consideradas por fabricantes e usuários desta tecnologia, diz o novo relatório do Lloyd’s, Drones Take Flight.

O estudo destaca cinco riscos fundamentais que podem prejudicar o crescimento futuro do setor.
Entre eles, a violação de privacidade é citada como a maior e mais significativa preocupação, assim como os descuidos dos operadores dos drones e a vulnerabilidade dos equipamentos a ataques cibernéticos.

Outra preocupação em destaque no relatório é o ambiente regulatório que, apesar de estar se desenvolvendo ainda não está harmonizado entre as jurisdições internacionais. Além disso, por causa do crescimento rápido e desigual da indústria de drones, tem sido difícil para os reguladores supervisionar de forma eficiente e rigorosa sem apoio tecnológico para rastrear e monitorar seu uso.

Segundo o relatório, controle eficaz de espaço aéreo e tecnologia de prevenção de colisões serão requisitos fundamentais para o seguro de drones que operam em espaço aéreo congestionado.

Como resultado, os seguradores estão propensos a exigir dos operadores de drones maiores medidas para mitigar os riscos, como treinamento e certificação, fortalecimento da segurança cibernética e a realização de avaliações de impacto de quebra de privacidade.

Comentando o relatório, Nick Beecroft, gerente de Riscos Emergentes e Pesquisa do Lloyd’s, afirmou que “drones têm um potencial significativo, mas são, ao mesmo tempo, uma tecnologia emergente controversa. À medida que o mercado continua a crescer, o mesmo acontece com a interação de exposições ao risco. Os fabricantes, operadores e reguladores terão de trabalhar em conjunto, de forma global, para compreender as exposições e garantir que esta tecnologia seja utilizada de forma segura e responsável.”

Já Marco Castro, presidente do Lloyd’s Brasil acredita que “drones são usados agora em vários setores comerciais, como agricultura, infraestrutura, filmes, logística e serviços de segurança e prevejo que a demanda por seguros irá aumentar à medida que as aplicações comerciais e a aceitação se expandirem. Os sindicatos do Lloyd’s podem oferecer cobertura para perdas e danos materiais e riscos de responsabilidade e o mercado do Lloyd’s continua a desenvolver novas soluções para apoiar este setor emergente”.

O relatório completo pode ser baixado em www.lloyds.com/DronesTakeFlight

A.C.
Revista Apólice
 

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