Ultima atualização 25 de agosto

Caixa Seguridade renovará contrato com companhia francesa

Caixa Seguridade

A Caixa Seguridade chegou a um consenso com a sócia francesa CNP Assurances para a renovação antecipada do contrato de exclusividade para a venda de seguros, pelo qual deve desembolsar em torno de R$ 10 bilhões. A parceria, que antes venceria em 2021, será estendida por outros 20 anos além do prazo ainda vigente, conforme as mesmas fontes, e é tida como passo fundamental para a abertura de capital da seguradora ainda neste ano.

A negociação agora tem como objetivo definir a forma de pagamento da oferta feita pela companhia francesa, além de detalhes comerciais e operacionais do contrato, como os atuais canais de venda da seguradora, por exemplo. Cerca de 50% dos R$ 10 bilhões devem ser pagos de imediato, segundo fonte, e o restante ao longo da parceria.

A renovação dará continuidade à abertura de capital da Caixa Seguridade, prevista para outubro. Seu valuation ainda não teria sido definido, mas fontes citam algo em torno de R$ 40 bilhões. Com isso, a oferta inicial pública de ações (IPO, na sigla em inglês) seria de cerca de R$ 10 bilhões, correspondentes à fatia de 25% dos papéis que a companhia almeja vender no mercado.

Além de ser preponderante na abertura de capital, a extensão da parceria com os franceses por mais duas décadas além do prazo ainda vigente joga um balde de água fria no desejo de outros concorrentes de abocanhar o canal em seu lugar. Um deles era o BTG Pactual. A Par Seguros chegou a preocupar a CNP, conforme fontes. Os franceses, porém, aceitaram pagar mais pela renovação do contrato, mantendo-se únicos e exclusivos sócios da Caixa Seguridade.
Os R$ 10 bilhões ofertados pela sócia francesa teriam ficado, segundo fontes, em linha com o que a Caixa considerava justo pelo canal. A principal razão para as negociações para a renovação antecipada do contrato ter se alongado teria sido justamente o fato de a primeira oferta da CNP ter ficado bem próxima da feita em 2001, no fechamento da parceria, ajustando somente a inflação no período. Na época, a francesa pagou US$ 538 milhões por 51% das ações da Caixa Seguros. Com a venda do controle, a CaixaPar, braço de investimentos da Caixa, ficou em torno de 48%.

A abertura de capital da Caixa Seguridade é um movimento importante na esteira do ajuste fiscal do governo, cuja meta está em 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Portanto, a oferta tem de sair. Em maio último, a Caixa selecionou o sindicato que cuidará do IPO do seu braço de seguros. Formado por nove bancos, é liderado pelo Banco do Brasil ao lado de Bradesco BBI, Itaú BBA, Goldman Sachs e UBS, que serão coordenadores globais. Também vão participar da operação, segundo fontes, o Citibank, BTG Pactual, Brasil Plural e Bank Of America Merril Lynch.

A.C.
Revista Apólice
Fonte: Broadcast  – com fontes do mercado

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