Ultima atualização 07 de julho

Índice de confiança do setor de seguros fecha semestre em queda

Pesquisa da Fenacor revela que, apesar da baixa, ainda há oportunidades de negócios para recuperação no segundo semestre

Índice de confiança do setor de seguros fecha semestre em queda

O Índice de Confiança e Expectativas do Setor de Seguros (ICSS), calculado a partir de pesquisa realizada pela Fenacor, teve queda em junho e fechou o período em 71,6%. Após dois meses de aumento, houve uma variação negativa de 4,4%.

TABELA 1

Indicador mensal que mede a confiança do setor de seguros no Brasil, o ICSS é o resultado de três variáveis: Índice de Confiança e Expectativas das Seguradoras (ICES), Índice de Confiança e Expectativas das Resseguradoras (ICER) e Índice de Confiança das Grandes Corretoras (ICGC). O índice é calculado de 0 a 200, em pesquisa com 100 companhias do setor.

No semestre, na comparação entre dezembro de 2014 e junho de 2015, o índice teve variação de -13,7%. Em dezembro, a pesquisa entre as empresas mostrou um percentual de 82,9%. Todos os indicadores componentes do cálculo tiveram queda, no mesmo período. O ICGC (índice das grandes corretoras) marcou variação de -18,4%, a maior queda percentual.

TABELA 2

Para o diretor adjunto da Fenacor, Érico Melo, as variações no ICSS refletem o momento de incerteza sobre os rumos da economia. Porém, o executivo relembra os tempos difíceis da economia no passado, como em 2008. “Assim como naquele ano, esperamos que o setor de seguros mantenha um crescimento consistente, como comprovam os recentes números disponibilizados pela Susep. Houve um crescimento acima de 14% de janeiro a maio, comparado a igual período de 2014. A disponibilização de novos produtos também pode contribuir para aumentarmos as oportunidades de negócios e a participação do setor no PIB”, relata Melo.

O economista e consultor da Federação, Francisco Galiza, reforça esta ideia. Segundo ele, a queda de 13,7 pontos percentuais no ICSS no semestre é um reflexo da instabilidade econômica do período no Brasil. “É um momento de cautela e observação. No cenário macro, para o segundo semestre, tudo dependerá de questões como controle da inflação e volta do crescimento. E, para o setor de seguros, de observar também novas oportunidades”.

Em uma avaliação do cenário atual de mudanças e oportunidades, é citado o setor de automóveis, responsável por 45,9% dos novos contratos de seguros e que manteve queda nas vendas. “Para 2015, a estimativa atual é um decréscimo de 20% na venda de veículos zero. Este resultado impactará o setor de seguros, mas é possível termos bons resultados se houver uma compensação com venda de outros produtos”, explica Galiza.

Resseguradoras não esperam crescimento da economia

No mês de junho, em relação ao crescimento da economia, 84% das resseguradoras acreditavam num segundo semestre pior ou muito pior que o primeiro. Entre as seguradoras, o índice registrou 82%, sendo que nenhuma empresa do segmento acredita em melhora.

TABELA 3Rentabilidade para seguradora e resseguradora mais favorável

Focando em rentabilidade, a pesquisa mostra boas expectativas para as seguradoras: 60% delas esperam um segundo semestre um pouco melhor. O mesmo ocorre para 54% resseguradoras. Isto se explica porque estes dois tipos de empresas possuem suas reservas em aplicações, que rendem juros, o que permite certa compensação, mesmo havendo queda com a receita. O mesmo não acontece com as corretoras, que lucram apenas sobre as vendas: ou seja, 57% esperam piora.

TABELA 4

 

Faturamento tende para a manutenção da situação atual

Entre seguradoras e resseguradoras, a maior expectativa quanto ao faturamento é a de manutenção, mas com leve tendência de baixa. Em seguradoras, 56% das empresas esperam continuidade e 9% alguma melhora.

TABELA 5L.S.
Revista Apólice

 

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