Segundo a coluna de Léo Dias, no jornal O Dia, o cantor sertanejo Cristiano Araújo teria deixado um seguro de vida no valor de R$ 20 milhões. Segundo o blog, esse é um procedimento comum entre os artistas produzidos pela Efeitos e Produções, que empresariava o cantor.
A apólice teria sido calculada com base no número de shows que o sertanejo fazia e com a vendagem de suas músicas.
O valor segurado é bastante alto, porém Samy Hazan, diretor de seguros de pessoas da Yasuda Marítima, falou com exclusividade para a Revista Apólice sobre o caso e afirmou que esse tipo de valor contratado é possível: “a princípio, é viável para quem tem capitais elevados, desde que a pessoa justifique com sua renda atual. Com ganhos a partir de R$ 1 milhão por ano ele consegue contratar um montante desses. Isso justificaria um capital de R$ 20 milhões”, explica o executivo. Em apólices desse tipo, o resseguro estaria presente. A seguradora que emite a apólice certamente repassa uma parte desse capital para a resseguradora. “Normalmente, o repasse à resseguradora é feito a partir de importâncias seguradas acima de R$ 1 milhão”, explicou.
O ramo de vida permite que mais de uma apólice seja contratada pelo mesmo cliente, desde que todas as seguradoras sejam avisadas das demais contratações. Por isso, há também a possibilidade de que as apólices somadas resultem no valor anunciado.
Embora ainda não exista nenhuma confirmação sobre o valor do seguro do artista, a contratação seria, sim, possível. “Não há como saber ao certo os valores contratados, mas está ficando cada vez mais comum contratações maiores para grandes personalidades. Muito disso vem da iniciativa dos corretores e suas vendas consultivas, com seguros bem feitos de acordo com a necessidade do cliente”, aponta.
Alberto Jim, assessor de Cristiano Araújo, negou a informação dada por Léo Dias. Jim afirmou que o valor era incompatível com o cachê que o sertanejo recebia por seus shows. Além disso, esclareceu que a produtora Efeitos e Produções não existe mais e que Cristiano Araújo e outros cinco sócios criaram a CAR Produções, que passou a gerir a carreira do cantor a partir de dezembro de 2014.
Amanda Cruz
Revista Apólice
