O Brasil é líder mundial na reciclagem de latas de alumínio mas ainda engatinha quando o tema vai para a área automotiva. Durante almoço do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo, o diretor da Renova Ecopeças, Bruno Garfinkel falou sobre as grandes possibilidades de negócios que esta atividade pode trazer ao mercado. Esta modalidade de negócio deve ganhar destaque após a regulamentação da Lei dos Desmanches, que deve entrar em vigor em maio.
“É uma nova realidade que visa reduzir o impacto dos seres humanos nas atividades do planeta, garantindo um ambiente preservado para o futuro”, explicou o executivo, que também ocupa, há duas semanas, a diretor de produto automóvel da Porto Seguro Seguros.
Um exemplo apresentado por Garfinkel mostra o potencial deste mercado.”Uma peça que custa R$ 100 na concessionária, pode ser vendida ao consumidor final com 10% de desconto. A seguradora consegue, nesta mesma peça original, um desconto de 40%. Uma peça similar, adquirida no mercado paralelo, pode custar 60% menos da vendida na concessionária. A peça certificada, vendida pela Renova, custa 30% do valor inicial”.
Além deste benefício, Garfinkel também citou a queda do índice de roubo e furto de veículos que aconteceu na Argentina, após a entrada em vigor da lei dos desmanches por lá. “É um movimento que também poderemos observar no Brasil, ponderou.
Entretanto, a novidade mais aguardada pelo mercado, que também vem na cola da comercialização de peças recicladas e certificadas, é a regulamentação do seguro popular de automóveis, que deve atrair uma nova leva de consumidores ao mercado.
Após ser questionado sobre estímulos para incentivar os corretores a divulgarem as iniciativas da Renova e a adquirirem peças, Garfinkel afirmou que os corretores de seguros contarão com descontos de 30% na aquisição de peças.
Kelly Lubiato
Revista Apólice