A conquista de mercado é um desafio para qualquer profissional. É assim que as mulheres que atuam no ramo de seguros enxergam as dificuldades
que surgem em seus caminhos. Muito distantes das brigas de gênero, hoje elas lutam por um lugar de igualdade com os componentes do mercado como um todo, mas é inegável que o toque feminino no cotidiano do trabalho pode trazer diferenciais que complementam a atuação masculina e contribuem para uma atuação mais equilibrada.
Ao conversarmos com profissionais seguradoras elas são unânimes em
responder que as mulheres cresceram,não só em número, mas também em
competência e aprimoramento de suas funções e habilidades. É o que conta
Márcia Radavelli, diretora Comercial Varejo MG/CO da Tokio Marine. “Quando começamos a atender corretores, era claro que havia certa desconfiança com as mulheres. Hoje isso mudou. O mercado evoluiu e as mulheres cada vez mais assumem sucursais. Percebemos que há uma evolução”, conta.
Patrícia Campos, superintendente de Desenvolvimento Comercial da
Mongeral Aegon, está no mercado há 15 anos e também nota evoluções. Quando começou, cerca de 80% dos profissionais com quem trabalhava eram homens ocupando cargos de liderança. “Circular em ambientes que eram dominados por muitos homens era um desafio, pois havia uma mentalidade que restringia a visão sobre a mulher. A atuação não era muito
bem vista, diria até que poderia existir um pouco de preconceito nesse setor”, lembra. Agora a história mudou e cerca de 40% das pessoas que atuam em salões de vendas da companhia são mulheres,inclusive atuando em cargos de gestão e liderança de pessoas. A Tokio Marine possui mulheres em cargos como diretoras de sucursais, de vida e planejamento.
Isso é nítido não apenas entre profissionais, mas também com compradoras. Márcia, que trabalha diretamente com a comercialização dos produtos, conta que as mulheres que contratam seguro Auto, por exemplo, se mantêm em uma proporção estável em relação aos homens.
Dentro da companhia, em 2013, o público feminino somava 40,3%. Se
o cenário fosse analisado há 20 anos o quadro seria bem diferente, já que o
número de condutoras, compradoras e mulheres ativamente econômicas e
independentes era menor.
As mulheres buscam mais qualificação para se integrar ao trabalho, procuram ficar mais atentas às possibilidades e oportunidades que são oferecidas, ainda que a chamada “jornada dupla” da vida delas seja uma questão que pesa mais no cotidiano do que para os homens. A relação das mulheres com a família e os filhos é muito particular, mas as entrevistadas não acreditam que esse seja um fator determinante ou que atrapalhe a vida profissional; pelo contrário, elas entendem que têm a capacidade de se dedicar a diversas oportunidades e que conseguem gerenciar suas responsabilidades.
Confira a reportagem completa na edição de março (184).