Ultima atualização 28 de maio

Subsídio do governo ao seguro rural pode chegar a R$ 800 milhões

Para executivo da Austral Re, aumento no aporte é positivo, mas ainda é preciso investir em política de renda com crédito, seguro e resseguro

O Plano Safra 2013/2014, que contempla o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), deve ser anunciado no próximo dia 4 de junho. O PSR oferece ao agricultor a oportunidade de segurar sua produção por meio de auxílio financeiro que reduz os custos de contratação do seguro.

O montante sugerido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o prêmio do seguro rural chega a R$ 800 milhões. O valor, embora seja o dobro do reservado para este ano, ainda não alcança o volume necessário para o desenvolvimento efetivo do agronegócio e o seguro rural no Brasil.

Segundo o Mapa, a área segurada no país em 2012 era de 5,2 milhões de hectares, o que representa cerca de 10% da área plantada segurada.O Brasil amargauma posição bem inferior a da vizinha Argentina, onde o percentual chega a 50%, e dos Estados Unidos, com 86%.

A Austral Re é umas das resseguradas que atua no segmento rural, com uma fatia de cerca de 10% desse mercado. Bruno Valentim, Head de Agronegócios da companhia, avalia que o aumento no aporte do subsídio é mais um passo na direção correta, mas ainda é preciso investir em uma estratégia nacional, com política de renda com crédito, seguro e resseguro. “São necessárias políticas de longo prazo para subsídio do prêmio do seguro rural”, analisa.

Além disso, acrescenta Valentim, os percentuais de subvenção devem considerar os riscos e impacto das culturas nas regiões. “Com o aumento da subvenção em regiões com maiores riscos seria possível ampliar e diversificar os agricultores atendidos. Hoje o programa atende a um grupo muito específico”, explica.

Outra bandeira levantada pelo setor de seguro rural é o investimento em pesquisas. Os Estados Unidos, por exemplo, possuem um órgão oficial de pesquisa dedicado exclusivamente ao seguro. Segundo o especialista em agronegócios da Austral Re, é preciso gerar estatísticas e banco de dados que considerem a diversidade nacional. “Isso é importante para a estruturação de produtos inteligentes e sofisticados, que atendam as características dos mais diversos tipos de culturas”, completa Valentim.

J.N.

Revista Apólice

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