Ultima atualização 23 de abril

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Projeto criará modelos de mapas de risco de terremotos na América Latina

Proposta é fruto de parceria entre Swiss Re Foundation e a Fundação GEM

A Swiss Re Foundation e a Fundação GEM (Modelo Global para Terremotos, na em tradução livre da sigla em inglês) anunciaram um projeto colaborativo de três anos, para criar a primeira representação detalhada de risco sísmico na América Latina, que inclui também fatores sociais e econômicos. Especialistas internacionais e locais irão avaliar o potencial dos danos e as consequências para a comunidade em geral, resultantes de terremotos nesta região em rápido desenvolvimento.

A Swiss Re Foundation irá contribuir com 1 milhão de euros para o projeto, que criará modelos de mapas de risco de terremotos para todo o continente, concentrando-se especialmente nas cidades de Lima, no Peru (uma cidade de mais de 7,7 milhões habitantes), e Quito, no Equador (que possui 1,4 milhões de habitantes). A avaliação de risco será feita por cientistas e engenheiros de todo o continente e incluirá disciplinas científicas.

O projeto foi anunciado durante o Fórum Econômico Mundial sobre a América Latina, que acontece em Lima (Peru), de 23 a 25 de abril. Mais de 600 representantes de empresas, governo e sociedade civil participarão do evento para discutir os futuros desafios e oportunidades da América Latina.

“Os terremotos são um risco claro e consistente na América Latina. Entre 1977 e 2012, esses desastres naturais custaram cerca de 80 mil vidas e causaram perdas econômicas de mais de 37 bilhões de dólares. Como resseguradoras, nossa tarefa é ajudar pessoas, empresas e, em alguns casos, governos, a se recuperarem rapidamente depois de um desastre. Então estamos satisfeitos que, sob os auspícios da Swiss Re Foundation e da Fundação GEM, pesquisadores locais de todas as disciplinas relevantes colaborarem para entender melhor o impacto geral de um terremoto em áreas como as regiões metropolitanas de Lima e Quito”, disse Michel M. Liès, vice-presidente do Conselho de Administração da Swiss Re Foundation e CEO do Swiss Re.

Segundo Liès, para que essas cidades se tornem mais seguras, é necessária uma gestão de riscos sísmicos mais eficiente. Além disso, é preciso também uma maior sensibilização do público para o risco. “O objetivo do projeto é melhorar ambos”, completou o executivo.

“Todos os membros do GEM têm uma missão em comum: disponibilizar para as organizações públicas as ferramentas e recursos para uma avaliação transparente do risco de terremoto em qualquer lugar do mundo. Nós estamos satisfeitos que a Swiss Re Foundation financiou este projeto regional importante na América do Sul, porque é precisamente a nível local que os cientistas, tomadores de decisão políticos, organizações e indivíduos podem fazer a diferença e trabalhar em conjunto para aumentar a segurança das nações e cidades contra terremotos”, afirmou Rui Pinho, secretário geral da Fundação GEM.

O objetivo do projeto é identificar e estimar os fatores sociais e econômicos que se combinam e aumentam os danos físicos de um terremoto, uma vez que reduzem a capacidade das pessoas locais para enfrentar as sequelas de um evento como esse. O projeto focará nos efeitos que um desastre como este causariam em grandes cidades com grandes populações, densas zonas edificadas e muita infraestrutura. Portanto, o projeto irá trabalhar com cenários específicos.

O projeto teve início em janeiro de 2013 e deverá ser concluído até o final de 2015.

J.N.

Revista Apólice

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