Ultima atualização 26 de outubro

IV Enconseg reúne mais de dois mil corretores

Evento, promovido pelo Sincor-RJ, aconteceu na última sexta (19)

O IV Enconseg – Encontro de Corretores de Seguros do Estado do Rio de Janeiro, realizado no Centro de Convenções SulAmérica, na última sexta (19/10), reuniu cerca de dois mil profissionais do setor e apresentou uma programação intensa e palestrantes das áreas de seguros e tecnologia.

O evento, que este ano teve como tema “Corretores de Seguros, Tecnologia e Oportunidades”, é promovido pelo Sincor-RJ, com patrocínio da SulAmérica Seguros, Previdência e Investimentos.

Compuseram a mesa de abertura do evento o vice-governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão; o presidente do Sincor-RJ, Henrique Brandão; o presidente da SulAmérica Seguros, Previdência e Investimentos, Thomaz Menezes; da ANS, Maurício Ceschin; da FenSeg, Jayme Garfinkel; da FenaSaúde, Márcio Coriolano, e da FenaPrevi, Marco Antônio Rossi, além do superintendente da Susep, Luciano Santanna, e do vice-presidente da CNSeg, Patrick Larragoiti Lucas.

Da área de tecnologia, o evento reuniu o presidente do Google Brasil, Fábio Coelho; o líder da IBM Brasil, Roberto Ciccone; e o líder global da IBM, Lee-Han Tijoe.

Fundador da Ricardo Eletro, Ricardo Nunes encerrou o evento com a apresentação do case de sucesso da Máquina de Vendas, holding que reúne as marcas Ricardo Eletro, Insinuante, City Lar, Eletro Shopping e Selfar.

 Sobre as palestras:

Henrique Brandão (presidente do Sincor-RJ)

Henrique Brandão, presidente do Sincor-RJ, abriu a quarta edição do Enconseg e disse que o mercado de seguros no País vem experimentando um saudável crescimento nos últimos anos e que o novo consumidor de produtos de seguros está muito mais seletivo e é, atualmente, muito menos influenciado pelas marcas.

“Este novo perfil de consumidor busca indicação, se informa e pesquisa muito mais na hora de contratar um produto e o profissional de seguros tem de estar devidamente qualificado e preparado para atender essas exigências e oferecer, cada vez mais, produtos e serviços diferenciados e de qualidade”, destacou Brandão.

Luiz Fernando Pezão (vice-governador do Estado do RJ)

O vice-governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, fez um balanço positivo dos seis anos do governo de Sérgio Cabral, destacando os vultosos investimentos que têm sido feitos em segurança, educação, saúde, moradia, saneamento e transportes. “O Rio de Janeiro possui hoje o maior índice de empregabilidade do País e nunca antes experimentou tamanho grau de desenvolvimento econômico. Isso se deve ao maior entendimento hoje existente entre as três esferas do Governo, entendimento este iniciado na gestão do Lula e continuado no governo Dilma, além da grande parceria do governo Cabral com o prefeito Eduardo Paes nos seus quatro anos de governo”, afirmou.

Pezão destacou também os investimentos em segurança e a excelente gestão de José Mariano Beltrame à frente da Secretaria de Segurança Pública do Estado. “Temos focado muito na formação de novos policiais e na política de pacificação das favelas e comunidades. O Rio tem formado 500 novos policiais militares por mês. Só este ano, colocamos sete mil novos policiais na PM. Antes deste governo, o grau de deterioração do Estado era absurdo e ninguém havia enfrentado a questão da segurança com tamanha ousadia e coragem”, declarou.

O vice-governador disse que ainda há muito por fazer e revelou que, nos próximos quatro anos, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), serão investidos mais R$ 230 bilhões no Estado. “O Rio voltou a atrair investimentos em setores como o automotivo, o siderúrgico, o naval e o de energia. Empresas que haviam deixado o Rio estão retornando, como a Peugeot e a Nissan, uma prova da confiança e da aposta que fazem neste novo Estado”, afirmou.

Maurício Ceschin (presidente da ANS)

Para Maurício Ceschin, presidente da Agência Nacional de Saúde (ANS), são boas as perspectivas de crescimento do setor de saúde suplementar no País. “O próprio envelhecimento da população é fruto de importantes conquistas sociais, mas ao mesmo tempo impõe desafios ao setor”, explicou.

Segundo ele, a expectativa é de chegarmos a 2020 com cerca de 30 a 40 milhões de usuários de planos odontológicos e com 70 a 80 milhões de usuários de planos de saúde. “Ou seja, teremos mais de 1/3 dos brasileiros cobertos por planos, o que significa uma maior qualidade de vida para a população”.

Ceschin disse ainda que, em 2011, foram registradas mais de 265 milhões de consultas médicas realizadas no setor de saúde suplementar (usuários de planos de saúde). “Poucos países no mundo têm índices tão altos como os nossos”, comemorou o presidente da ANS, revelando que o setor de saúde suplementar deve fechar este ano com um faturamento da ordem de R$ 90 bilhões. Diante desse cenário, o dirigente destacou a importância de se investir cada vez mais em qualificação.

Luciano Santanna (superintendente da Susep)

O superintendente da Susep, Luciano Santanna, também destacou o momento favorável observado no Brasil. “Enquanto muitos países europeus enfrentam sérias dificuldades econômicas, o Brasil vive um momento ímpar na sua economia e no seu campo social”, declarou.

De acordo com Santanna, isso se reflete também no setor. “O mercado de seguros tem crescido e atingido índices recordes com a inclusão de novas camadas da população no mercado securitário. Produtos novos vêm sendo pensados e lançados e outros, aprimorados, para atender esta demanda”, explicou.

Segundo ele, a Susep tem uma preocupação muito grande com a qualidade do atendimento prestado ao consumidor desse mercado. “O corretor de seguros exerce um papel fundamental nesse processo, desde a contratação do serviço até a assistência prestada em caso de sinistro”, disse Santanna.

“Temos importantes desafios pela frente e precisamos que a categoria e o setor de seguros como um todo se desenvolvam com qualidade e eficiência”, concluiu.

Marcio Coriolano (presidente da FenaSaúde)

Para o presidente da FenaSaúde, Marcio Coriolano, o mercado de saúde apresenta uma particularidade em relação a qualquer outro setor de seguros, que é a alta taxa de sinistralidade. O dirigente destacou também que o mercado de saúde suplementar movimenta o maior volume de contratos no setor de seguros.

“Estimamos que até 2017, 30% da população brasileira esteja coberta por planos de saúde”, projetou Coriolano, que, assim como Luciano Santanna, da Susep, relacionou esse cenário de crescimento do setor à ascenção das classes C e D, que vêm aumentando o seu poder de compra nos últimos anos e conseguindo, desta forma, entrar para o rol dos usuários de planos de saúde. “O plano de saúde é um dos bens mais desejados pela população”, afirmou.

Marcio Coriolano também disse que há boas perspectivas de crescimento no País para a venda de planos para pequenas e médias empresas.

Por fim, o presidente da FenaSaúde explicou que a regulação do mercado de saúde suplementar exigirá, cada vez mais, qualidade e especialização, revelando que hoje existem 1.200 operadoras atuando na área de seguros de saúde.

Jayme Garfinkel (presidente da FenSeg)

Presidente da FenSeg e da Porto Seguro, Jayme Garfinkel, afirmou que o mercado brasileiro de seguros não só tem capacidade de produzir mais, como está atendendo melhor os seus usuários, o que é muito salutar para o setor em geral e, principalmente, para os segurados.

Patrick Larragoiti (vice-presidente da CNSeg)

Patrick Larragoiti, vice-presidente da CNSeg e presidente do Conselho de Administração da SulAmérica Seguros, Previdência e Investimentos, disse que a melhoria da eficiência é um desafio permanente do mercado segurador, o que requer investimentos frequentes em tecnologia e capacitação. Assim como Maurício Ceschin, presidente da ANS, Larragoiti destacou a longevidade da população, lembrando que hoje os brasileiros com mais de 60 anos de idade já representam mais 20% da população.

Ele também atribuiu à ascensão das classes C e D boa parte do crescimento do setor de seguros no País e disse que a tendência é que essa camada da população continue inflando: “É esperado um acréscimo de dez milhões de pessoas na classe C entre 2010 e 2015. Entre 2005 e 2010, para efeitos de comparação, 2,5 milhões de brasileiros passaram a pertencer à classe média”, revelou Larragoiti.

Para ele, o mercado segurador tem o maior e mais consistente crescimento dos últimos anos. “São novos consumidores, novos segurados e novas formas de relacionamento, o que demanda uma transformação e adaptação por parte do mercado para atender a este novo cenário que se desenha”, concluiu.

Marco Antonio Rossi (presidente da FenaPrevi)

O presidente da FenaPrevi e da Bradesco Seguros, Marco Antonio Rossi, também destacou que vem ocorrendo no Brasil um significativo aumento da concentração de pessoas na classe C. Segundo ele, atualmente já existem 53,9% de pessoas nesta camada da sociedade, um contingente que certamente possui poder de compra para contratar seguros.

Em sua opinião, fatores como este têm garantido resultados sólidos para o setor. “O mercado segurador nacional vive um grande momento, com todas as suas áreas registrando crescimento acima dos índices de crescimento econômico do País. Estamos crescendo acima de 10% em todos os segmentos, como saúde e vida. Em capitalização, mais de 20%”, disse Rossi.

Na avaliação do dirigente, “o momento é, portanto, oportuno para as empresas desenvolverem produtos que atendam as atuais necessidades do povo brasileiro”, afirmou, revelando ainda que o setor de seguros no País deverá registrar um crescimento acima de 15% este ano em relação a 2011.

Roberto Ciccone (líder da IBM Brasil)

Para Roberto Ciccone, líder da IBM Brasil, quando se fala em confiança, a transparência e a tecnologia podem valorizar muito os produtos e serviços em seguros. “Neste caso, a cobertura da proteção vem na frente do valor do contrato da apólice. A clareza e a honestidade geram uma maior confiança na relação entre o consultor de seguros e o segurado”, explicou.

Já no que se refere à estratégia de marketing das companhias, quando se compara as seguradoras de diversos países, o executivo explica que cada nacionalidade explora uma estratégia de acordo com suas culturas globais e locais. “Não precisa segmentar o cliente pela idade ou classe social, mas atendê-lo através de atitudes que o consultor de seguros alia ao processo de negociação ao disseminar o produto”, afirmou Ciccone.

Lee-Han Tijoe (líder Global da IBM)

Único palestrante estrangeiro do IV Enconseg, o líder global da consultoria de seguros IBM, Le-Han Tijoe, disse que a internet não substitui a figura do corretor, mas oferece ao consumidor a busca por informação. Segundo ele, canais relacionamento entre os corretores e os segurados como o telefone e o email, tendem a decrescer em detrimento das redes sociais. A sua recomendação, portanto, é no sentido de que os profissionais de seguros se adaptem às estas novas formas de relacionamento e interação com os seus clientes.

“Hoje, o corretor ainda se vale muito do encontro pessoal, da ligação telefônica e do email, mas num futuro muito próximo, esses canais continuarão em declínio. O email, por exemplo, se tornará algo do passado. Os adolescentes de hoje já encaram o email como uma ferramenta obsoleta e a tendência é o relacionamento com os clientes, em todas as áreas de negócios, se valer, cada vez mais, das redes sociais, dos chats online e das vídeo-conferências”, afirmou Lee Tijoe.

Fábio Coelho (presidente do Google Brasil)

O presidente do Google Brasil, Fábio Coelho, afirmou que o mundo vive hoje a maior revolução já observada na sociedade – a revolução tecnológica. Segundo ele, o acesso à informação gera uma sociedade mais informada e conectada. “Somos sete bilhões conectados, o que, por sua vez, gera uma nova consciência coletiva”, declarou.

Fábio Coelho disse que o mundo hoje é online e que as empresas estão se reinventando. “Toda essa tecnologia gera uma explosão de produção de conteúdo, o que leva à criação de um novo ambiente de negócios nas redes sociais. Quem vende produtos tem que entender os sinais emitidos pelo consumidor e se adaptar a esta nova realidade”, disse.

Segundo ele, o Brasil já é o quinto maior mercado do mundo em pessoas conectadas. São 80 milhões de usuários, sendo 72% na faixa entre 25 e 54 anos. Desse total, 37 milhões de pessoas acessam a internet pelo celular e 17 milhões de lares possuem acesso à banda larga. “Hoje, existem mais aparelhos de celular do que brasileiros no País. São 194 milhões de pessoas contra 220 milhões de celulares”, revelou Fábio Coelho.

De acordo com o executivo, este novo consumidor toma de 50 a 70% de suas decisões baseado em pesquisas na internet. “Cerca de 72,3% das pessoas que possuem seguros de automóveis têm internet e 69,4% das pessoas que possuem seguro de saúde, também. O advento da internet mudou o comportamento do consumidor, que passou de um comprador passivo para um consumidor ativo. Hoje, 44% das pessoas fazem pesquisa online antes de contratar um seguro”.

Mas como o corretor de seguros pode se aproveitar desse cenário? A resposta do presidente do Google Brasil foi dada através de algumas dicas como:

– crie e cultive sua rede;

– poste conteúdos relevantes ao seu público de interesse;

– construa uma boa reputação online,

– e faça a sua rede espalhar a sua reputação.

Ricardo Nunes (fundador da Ricardo Eletro e da Máquina de Vendas)

O IV Enconseg foi encerrado com a apresentação do case de sucesso da Máquina de Vendas por Ricardo Nunes, fundador da rede Ricardo Eletro e diretor-presidente da holding Máquina de Vendas, que reúne as marcas Ricardo Eletro, Insinuante, City Lar, Salfer e Eletro Shopping.

Ao final de sua palestra, Nunes conversou com a imprensa sobre o cenário do varejo neste fim de ano. O empresário aposta em um Natal com crescimento em torno de 5% a 7% das vendas em relação a 2011. No ano passado, a Máquina de Vendas faturou R$ 7,2 bilhões.

Para Nunes, o consumidor organizou seu orçamento, quitou dívidas e agora a inadimplência já perdeu fôlego. “Nosso negócio voltou à normalidade a partir de julho, após um primeiro semestre difícil. Vai ser um ótimo Natal. A inadimplência já caiu e o consumidor está mais livre para comprar”, disse.

Além do Natal, a iminência do fim da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os artigos da linha-branca, prevista para dezembro, pode gerar uma corrida por essas mercadorias e causar impacto positivo nas vendas do varejo em dezembro, prevê o empresário.

 

G.F.

Revista Apólice

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