O anúncio da aquisição da Amil, maior operadora de planos de saúde brasileira, pela United Health Group não assustou as empresas brasileiras do setor. Pelo contrário, pode ser que haja uma nova onda de chegada de players internacionais, principalmente aqueles que atuam em mercados maduros.
De acordo com o presidente da Fenasaúde, Márcio Seroa de Araújo Coriolano, este movimento impulsiona o mercado para um patamar superior de qualidade e de investimento. “É claro que uma empresa deste tamanho traz expertise em tecnologia e vai obrigar as operadoras a elevarem seu patamar de serviço,” afirma.
A operação da empresa no Brasil, além de tecnologia, trará a experiência no
tratamento de doentes crônicos, um dos maiores geradores de altos custos para as operadoras de saúde. Coriolano acredita que ela poderá ser um case de sucesso no Brasil por conta deste conhecimento. Isso deverá alavancar o investimento por parte das empresas que já atuam no Brasil, elevando o mercado a um novo patamar de concorrência.
Segundo o presidente da Fenasaúde, não há nenhuma restrição regulatória para a atuação de empresas internacionais, elas só não podem ser detentoras diretas de hospitais. Há alguns anos, outras empresas de fora do país tiveram experiências por aqui, como a Aetna e a Cigna, mas logo abandonaram estas operações.
O aumento da renda da população brasileira, acompanhado da baixa penetração dos planos de saúde suplementares, são os grandes atrativos para as empresas internacionais.
O presidente da SulAmérica, Thomaz Menezes, declara que esta chegada demonstra o tamanho da oportunidade e da possibilidade de crescimento do setor. “Traz novas tecnologias, mas nada diferente daquilo que a gente já vinha fazendo, talvez de forma menos acelerada”, afirma.
Confira a reportagem completa na edição 168 (outubro).
Kelly Lubiato
Revista Apólice