Ultima atualização 13 de setembro

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Surgimento de veículos automatizados trará consequências para diversos setores

Informação foi divulgada no Comentário Econômico, de Francisco Galiza

Francisco Galiza, titular da Rating de Seguros, apresenta na 140ª edição de seu Comentário Econômico o estudo “Self-driving cars: The next revolution” (http://www.cargroup.org/assets/files/self_driving_cars.pdf), realizado em agosto pelo Centro de Pesquisa Automotiva da KPMG.

Segundo Galiza, o trabalho aborda um tema que, quando ocorrer, será revolucionário na sociedade mundial: o surgimento de veículos automatizados.

De acordo com o estudo, em 2025, essa situação já estará no mercado, com consequências profundas, em diversos setores. Por exemplo:

– Diminuição do custo dos veículos (menos aço, menos dispositivos de segurança, aceleração do tempo de desenvolvimento e de produção de veículos, aumento da eficiência de combustível, etc);

– Com os computadores controlando a velocidade e o espaçamento, isso levaria a uma condução mais eficiente, com menor congestionamento nas estradas.

– Carros automatizados também permitiriam a diminuição de semáforos, com menos custo de energia.

– Os automóveis automatizados levariam a uma mudança na forma de como os motoristas são segurados, diminuindo bastante esse mercado.

– Hospitais poderiam perder milhões de vítimas de acidentes de trânsito.

– Possivelmente, haveria uma redução (ou reformulação) no mercado de oficinas de automóveis.

– As siderúrgicas terão de se ajustar a um mundo onde os carros usam menos de seu produto.

– Os governos estaduais e locais teriam de se ajustar à perda das multas de trânsito, com possível redução das suas forças policiais.

– Carros sem motoristas abririam a possibilidade de um novo público (gerações mais jovens, os cegos ou, quem sabe, até os “barbeiros”).

Outra conseqüência desse modelo seria a existência do mecanismo de compartilhamento de veículos, com também diversas conseqüências:

– Os carros poderiam ser convocados conforme a necessidade, e as pessoas podiam pagar por serviços de mobilidade, em vez de possuir um veículo.

– Esse modelo poderia afetar a necessidade de outros meios públicos de transporte (como trens, metrôs, etc).

– Com o compartilhamento de veículos em uso mais constante, haveria a redução da necessidade de estacionamentos.

– O carro sem motorista exigiria segurança contra hackers e levantaria preocupações de privacidade em muitos consumidores.

 

G.F.

Revista Apólice

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