Francisco Galiza, titular da Rating de Seguros, apresenta na 140ª edição de seu Comentário Econômico o estudo “Self-driving cars: The next revolution” (http://www.cargroup.org/assets/files/self_driving_cars.pdf), realizado em agosto pelo Centro de Pesquisa Automotiva da KPMG.
Segundo Galiza, o trabalho aborda um tema que, quando ocorrer, será revolucionário na sociedade mundial: o surgimento de veículos automatizados.
De acordo com o estudo, em 2025, essa situação já estará no mercado, com consequências profundas, em diversos setores. Por exemplo:
– Diminuição do custo dos veículos (menos aço, menos dispositivos de segurança, aceleração do tempo de desenvolvimento e de produção de veículos, aumento da eficiência de combustível, etc);
– Com os computadores controlando a velocidade e o espaçamento, isso levaria a uma condução mais eficiente, com menor congestionamento nas estradas.
– Carros automatizados também permitiriam a diminuição de semáforos, com menos custo de energia.
– Os automóveis automatizados levariam a uma mudança na forma de como os motoristas são segurados, diminuindo bastante esse mercado.
– Hospitais poderiam perder milhões de vítimas de acidentes de trânsito.
– Possivelmente, haveria uma redução (ou reformulação) no mercado de oficinas de automóveis.
– As siderúrgicas terão de se ajustar a um mundo onde os carros usam menos de seu produto.
– Os governos estaduais e locais teriam de se ajustar à perda das multas de trânsito, com possível redução das suas forças policiais.
– Carros sem motoristas abririam a possibilidade de um novo público (gerações mais jovens, os cegos ou, quem sabe, até os “barbeiros”).
Outra conseqüência desse modelo seria a existência do mecanismo de compartilhamento de veículos, com também diversas conseqüências:
– Os carros poderiam ser convocados conforme a necessidade, e as pessoas podiam pagar por serviços de mobilidade, em vez de possuir um veículo.
– Esse modelo poderia afetar a necessidade de outros meios públicos de transporte (como trens, metrôs, etc).
– Com o compartilhamento de veículos em uso mais constante, haveria a redução da necessidade de estacionamentos.
– O carro sem motorista exigiria segurança contra hackers e levantaria preocupações de privacidade em muitos consumidores.
G.F.
Revista Apólice