O presidente do Grupo Bradesco Vida e Previdência, Marco Antonio Rossi, foi o convidado da Associação Paulista dos Técnicos de Seguros para conversar com os convidados que lotaram o auditório do Sindseg.
Ele fez um resumo do mercado de seguros e apontou algumas oportunidades e desafios que se apresentam ao mercado neste momento em que ele atinge a marca de 5% do PIB, considerando, inclusive, saúde. “Este é um reflexo do crescimento do País, que possibilitou que novos consumidores adentrassem ao mercado”, ponderou, mostrando que pelo menos 58 milhões de brasileiros possuem algum tipo de produto de seguro.
Segundo Rossi, o Brasil ocupa a 15ª posição no ranking mundial de seguros. Ele observou também uma mudança significativa no perfil dos consumidores de seguros, que agora tem a participação mais efetiva do público feminino (51% dos consumidores), da classe C e da população das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, cujas economias crescem com taxas semelhantes a da China.
“Por isso, temos que nos adequar tanto no que diz respeito à criação de produtos quanto à aproximação a estes novos clientes”, destacou o executivo. Ele ressaltou que também será necessária a criação de novos canais de distribuição, pois, em sua opinião, o Brasil ainda possui uma quantidade tímida de corretores de seguros. “Nos Estados Unidos, há um corretor para 487 habitantes. No Brasil, esta relação é de 1 para 2787”.
Rossi afirmou que mais pessoas poderiam estar comprando produtos de seguros. Ele baseou a sua afirmação numa pesquisa realizada pelo Grupo em duas das principais favelas brasileiras: a Rocinha, no Rio de Janeiro, e a Heliópolis, em São Paulo. “Alguns pesquisadores viveram durante três meses nestas regiões e descobriram que há famílias com renda entre R$ 3 mil e R$ 4 mil. Ou seja, o desafio da indústria é chegar até este novo consumidor. Temos espaço para novos canais de distribuição”, concluiu.
Kelly Lubiato
Revista Apólice