Ultima atualização 12 de abril

Mercado de seguros precisa reagir a cenário negativo

A crise financeira da Grécia gerou um calote de 200 bilhões de euros, o que irá custar 3 bilhões de euros, em indenizações, para as seguradoras. Neste mês, os Estados Unidos entraram com uma taxa de recuperação abaixo da esperada. A China, pela primeira vez em décadas, cresceu menos que 10% ao ano. Esse cenário delicado foi desenhado pelo advogado, escritor e presidente da Academia Paulista de Letras, Antonio Penteado Mendonça, durante a palestra do meio dia realizada ontem (11) pela APTS.
No Brasil, o atual cenário é de euforia, principalmente pelo alto número de vendas de automóveis e casas e pelas 30 milhões de pessoas que saíram da pobreza e entraram para a classe média. Porém, segundo Mendonça, nos últimos 10 anos o País se vê passando por um processo de desindustrialização. “Há 10 anos a indústria representava uma média de 30% do PIB, hoje representa uma média de 14%. Estamos exatamente na mesma situação do Brasil em 1925”, afirmou.
Apesar de 2011 ter sido um bom ano para o mercado de seguros, com números maiores do que os apresentados em 2010, o advogado pontuou que nenhuma seguradora viu seus lucros aumentarem. Segundo ele isso aconteceu por dois motivos: a criminalidade brasileira (não apenas em seguro de automóveis) e a queda dos juros. “Não há nada que indique que neste ano o cenário não vá piorar”, comentou.
Diante desse cenário, o mercado precisa estar atento às boas oportunidades de negócio. Uma delas são os grandes investimentos que serão realizados no País (devido a Copa do Mundo e Olimpíadas). “Nesse cenário as resseguradoras estarão à frente, pelo porte das obras. Poucas seguradoras participarão”, acrescentou.
O advogado destacou que a área de riscos declináveis é a melhor oportunidade hoje para os corretores de seguros. “Quem conseguir desenvolver uma determinada garantia, para um determinado risco, e descobrir medidas para prevenção, vai conseguir fazer o seguro. Para achar esse caminho, é necessário conversar com resseguradoras que entendam onde estão as oportunidades e estruturar essa apólice. O seguro precisa ser feito exatamente para a pessoa que precisa daquela cobertura”, aconselha Mendonça. O advogado completou ao afirmar que não vê as seguradoras e corretores focando em novos negócios. “O mercado não está reagindo com rapidez e agilidade”, finalizou.

Gabriela Ferigato
Revista Apólice

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