Francisco Galiza, titular da Rating de Seguros, apresenta na 102ª edição de seu Comentário Econômico, o estudo “Insurance 2020: Turning change into opportunity”, divulgado em janeiro deste ano pela Price. O relatório discute quais cenários e estratégias as seguradoras devem esperar para os próximos anos.
O trabalho apresenta, segundo a sua visão, as principais mudanças que estão ocorrendo, com implicações nos setores de seguros e previdência. Elas são divididas por assuntos: social (maior poder dos consumidores), tecnológico (maior volume de dados), ambiental (mais eventos catastróficos), econômico (crescimento dos países emergentes) e político (padronização e globalização).
O estudo também comenta o que essas transformações podem trazer ao segmento, como, por exemplo, um aumento na automação dos processos. Segundo Galiza, “fazer previsões não é tarefa fácil, sobretudo em prazo longo”. Com esse cenário de incerteza, descobrir, “as perguntas certas que devem ser feitas” já é algo útil. O estudo sugere quais são elas, separadas segundo o cargo profissional.
Cargos/ Perguntas
-Presidência (“Chief Executive Officer, CEO”) = Como antecipar e definir a melhor resposta estratégica diante de todas essas mudanças?, Quais são os mercados e segmentos que devem ser priorizados?, Como definir os investimentos, tentando sobreviver e prosperar em uma conjuntura que está se alterando?
-Diretoria de Avaliação de Riscos (“Chief Risk Officer, CRO”) = Como está a gestão de riscos na organização e como ela ficará diante desse novo cenário estratégico e, com isso, antecipar a melhor resposta (em produtos, serviços e canais de distribuição)?, Como a empresa pode estar preparada para eventos extremos e imprevistos (tipo “Black Swan”)?’
-Diretoria Financeira (“Chief Financial Officer, CFO”) = Qual será a resposta dos investidores com relação ao novo posicionamento da seguradora?, Como gerenciar a estrutura de capital da seguradora, em função das mudanças regulatórias e das expectativas das empresas classificadoras de risco?
-Diretoria de Marketing (“Chief Marketing Officer, CMO”) = Como transformar a seguradora em uma organização centrada no cliente, capaz de comercializar e adequar os produtos para as mudanças nos comportamentos e nas atitudes de seus consumidores?
-Diretoria de Tecnologia (“Chief Technology Officer, CTO”) = Como assegurar que a seguradora não só esteja ciente das tendências tecnológicas emergentes, mas também envolvida na aplicação desses novos mecanismos que chegam ao mercado?
-Diretoria de Informações (“Chief Information Officer, CIO”) = Como construir uma estrutura útil de informações e análises, suportada por um banco de dados dinâmico e com uma relação custo/benefícios compatível?
-Diretoria de Atuária (“Head of Actuarial”) = Como selecionar atuarialmente a melhor estratégia, segundo o grau de aversão ao risco e das expectativas da seguradora?
-Diretoria de Subscrição (“Head of Underwriting”) = Como explorar as novas fontes de informação disponíveis para melhorar a subscrição e a seleção de risco e de preços?
-Diretoria de Sinistros (“Head of Claims”) = Como transformar a seguradora de uma “liquidadora de sinistros” em uma organização que seja capaz de executar um gerenciamento de perdas em tempo real?
-Diretoria de Recursos Humanos (“Head of HR”) = Como atrair e reter talentos dentro da organização, especialmente quando esse profissional tem que ser culturalmente consciente, multidisciplinar e global?
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Gabriela Ferigato
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