Os especialistas em terremoto da Munich Re estão redefinindo a situação de risco do Japão, um ano após o terremoto que abalou a costa oeste do país. Eles se baseiam no pressuposto de que a sismicidade do local aumentou ao longo de vários anos. Terremotos de magnitude acima de 7 na escala Richter são mais prováveis de ocorrer na região atingida. A análise também apontou um risco maior para a região próxima a Tóquio.
“A probabilidade de um terremoto de médio porte, com uma magnitude de 7 e epicentro na região de Tóquio, aumentou significativamente para os próximos anos. Tendo em vista a concentração de valores nesta área, nossa avaliação também deve ter consequências para a subscrição”, afirma Ludger Arnoldussen, membro do Conselho da Munich Re responsável pelo mercado japonês.
Nas negociações em relação às renovações de contratos japoneses, em 1º de abril de 2012, os resultados obtidos pela análise serão traduzidos em requisitos concretos para adaptar-se à expectativa de perda. Os negócios relacionados à catástrofes naturais serão, portanto, uma característica proeminente das renovações. A Munich Re espera que os preços continuem a subir.
De acordo com Torsten Jeworrek, CEO de Resseguro da Munich Re, o terremoto no Japão, com todas as suas consequências, tem demonstrado que eventos muito extremos podem e vão ocorrer. “As sociedades devem estar preparadas para isso e esses eventos oferecem a oportunidade para a sensibilização ao lidar com riscos. Como o principal portador de riscos, nós não só fazemos a nossa parte, avaliando riscos, mas também contribuímos, com os nossos pagamentos, para a recuperação e reconstrução após desastres”.
Jamille Niero
Revista Apólice
