A tecnologia aplicada às negociações de seguro caminha para soluções que imaginávamos serem possíveis somente num futuro do tipo ?Os Jetsons?. Novos produtos e serviços começam a trazer ao setor a possibilidade de eliminar o tráfego de documentos impressos, de cruzar informações de um mesmo cliente em várias empresas ou até de prever as tendências de consumo num futuro muito próximo.
Segundo o economista Marcelo Neri, 2011 pareceu ser um ano de pouco crescimento devido às referências anteriores. “Viemos de uma base alta em 2010 e de um ano pós-crise, com ciclo político de retomada após a crise de 2009. Por isso, acredito em aceleração para 2012”.
Apesar de o Brasil ser o espelho da desigualdade social há um longo período, ele assiste à queda dessa diferença nos últimos 11 anos. A renda da metade mais pobre da população brasileira cresceu 500 vezes mais rápido do que da metade mais rica. “A renda aumentou nos Estados da região norte do País e entre as minorias (mulheres, pretos e pardos e analfabetos)”.
Até 2014, as classes A, B e C continuarão crescendo. Nos últimos 8 anos, 49 milhões de pessoas ascenderam a estas classes. “E não existe ilusão: o que faz a classe média crescer é a educação. Tenham certeza de que se o ensino hoje é ruim, ele já foi muito pior”, ironizou Neri.
Mesmo com todos os problemas do cotidiano, o brasileiro é o líder mundial de felicidade futura. “Isso permite reconciliar duas qualificações atribuídas ao Brasil, país do futuro e país jovem”, destacou Neri.
Esse otimismo foi sentido pelos cerca de 300 participantes do Insurance Business Meeting, organizado pela CNseg para apresentar ao setor de seguros as novidades e os possíveis caminhos para a solução de problemas como digitalização de documentos e retenção de clientes. O 1º vice-presidente da entidade, Patrick Larragoiti, lembrou que um dos grandes objetivos do encontro anual realizado em Angra dos Reis é tratar da melhoria dos processos operacionais, reduzir seus custos e buscar a inovação. Ele avaliou que a nova classe média permanece ávida por ir às compras.”63% por cento da nova classe média quer ter um automóvel e, consequentemente, fará um seguro”, comentou ele, para quem a nova classe média valoriza a proteção à família e aos novos bens.
Revista Apólice área de seguros no Brasil
Kelly Lubiato
Revista Apólice