A Associação Guido e Maria Carli, o Banco Central da Itália e a Associação Bancária Italiana organizaram nesta segunda-feira (12), em colaboração com a Embaixada da Itália no Brasil, a conferência “Brasil e Itália no contexto global: experiências e modelos de desenvolvimento”, organizada no âmbito do Momento Itália Brasil 2011/2012 (MIB).
A conferência, patrocinada pela Generali Brasil Seguros, foi realizada na Embaixada da Itália, em Brasília, é organizada com o Patrocínio Institucional da Presidência da República Federativa do Brasil e da Presidência da República Italiana.
Participaram do evento: Alexandre Tombini, presidente do Banco Central; Fabrizio Saccomanni, diretor geral do Banco Central da Itália; Guido Rosa, vice-presidente da Associação Bancária Italiana; Franco Bernabè, presidente de Telecom Itália; Andrea Beltratti, presidente do Conselho de Gestão de Intesa Sanpaolo; Federico Carli, vice-presidente da Associação Guido e Maria Carli; Gian Maria Gros-Pietro, economista da LUISS Guido Carli; Gherardo La Francesca, embaixador da Itália no Brasil; Octavio de Barros, chefe economista do Banco Bradesco.
O objetivo da conferência foi promover a compreensão entre Itália e Brasil sobre as respectivas políticas econômicas e a consolidar os laços econômicos, financeiros e empresariais entre as classes dirigentes dos dois países. O tema foi o crescimento, em particular importância, para as infra-estruturas, materiais e imateriais, para a ativação e manutenção de um processo de desenvolvimento sustentável.
Em 2011, o intercâmbio comercial entre Brasil e Itália atingiu o valor recorde de quase 11,7 bilhões de dólares, aumentando em 28,5% com relação a 2010. As importações no Brasil da Itália – compostas em mais de 50% por produtos de alto valor agregado e alta intensidade tecnológica, como maquinários têxteis, embalagens, materiais plásticos, veículos, helicópteros, embarcações a motor, vacinas – cresceram em 28,6% respeito a 2010, atingindo o valor nunca registrado de 6,2 bilhões de dólares. Tal performance permitiu à Itália de aumentar sua cota de mercado, passada de 2,7% à 2,8%, e de confirmar-se como oitavo fornecedor do Brasil e o segundo entre os países europeus.
Por ocasião do evento, foitambém relançada a participação das empresas italianas no suporte à iniciativa Ciências Sem Fronteiras, programa varado pelo governo brasileiro que prevê a concessão de 100 mil bolsas de estudos para favorecer a internacionalização da formação de estudantes e pesquisadores brasileiros. A Itália é um dos cinco países parceiros de tal projeto e é previsto o acolhimento de 6 mil estudantes brasileiros na Itália durante quatro anos.
G.F.
Revista Apólice
