Ultima atualização 14 de fevereiro

Implicações da Primavera Árabe estimulam protestos pelo mundo

A Aon Risk Solutions avaliou a situação de 167 países e territórios para definir o nível de risco de inconvertibilidade e transferência de moeda, expropriação, quebra de contrato e não-pagamento pelo governo, interferência política, interrupção da cadeia de suprimentos, risco legal e regulatório e a violência política. Cada país foi avaliado como de risco Baixo, Médio-Baixo, Médio, Médio-Alto, Alto ou Muito Alto.
Uma das mais relevantes constatações é que a tensão resultante da Primavera Árabe tem estimulado e intensificado protestos em dezenas de países, tanto dentro da região como em outros lugares. De acordo com o Mapa de Riscos Políticos da Aon 2012, esta continua sendo uma preocupação para as empresas que operam nesses países.
“Essas revoltas e protestos continuam sendo uma preocupação fundamental em 2012 e vemos isso refletido em rebaixamentos de classificação de vários países”, disse Roger Schwartz, vice-presidente sênior de risco político para a Prática da Aon Risk Solutions. “Isso está forçando os CEOs e diretores financeiros de empresas, com operações no exterior em mercados emergentes, a rever a gestão de riscos e medidas de mitigação”, complementa.
Além disso, o resultado das eleições em países como EUA, França, Rússia e China podem contribuir para uma maior incerteza global. A crise da dívida da zona do euro continua a ser um risco significativo e se estende aos países economicamente dependentes ou não da região.
O Mapa da Aon fornece uma indicação dos níveis globais e tipos de risco político, que se relacionam com as ações ou omissões de governos estrangeiros, inclusive de países que podem privar um negócio, impedir ou restringir a execução de um contrato e afetar o reembolso de empréstimos aos bancos de financiamento.O risco político deve ser estudado pelas empresas que investem, operam, exportam ou emprestam nos mercados emergentes.
Sobre o mapa
No mapa de 2012, os países da União Europeia e da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) não foram avaliados.
Os ratings dos países refletem uma combinação de análises feitas pela Aon Risk Solutions, Oxford Analytica, uma empresa global de análise e consultoria, e as opiniões de 26 sindicatos de Lloyd’s e de seguradoras corporativas que emitem apólices de risco político.
Upgrades – (quando o país ou território é classificado como de risco inferior ao do ano anterior). Rebaixamentos – (quando o país ou território apresenta risco maior em relação ao ano anterior).
Ícones
Cada país no mapa é avaliado de acordo com os diferentes tipos de riscos que enfrenta indicados pelos seguintes ícones:
– Transferência de moeda: O risco de ser incapaz de fazer pagamentos em divisas, como resultado da imposição de controles cambiais locais. Ao todo, 71 países têm este ícone, incluindo a Argentina, Bolívia, Quênia, Suazilândia, Paquistão e Turcomenistão.
– Jurídico e Regulatório: O risco de prejuízo financeiro ou de reputação, como resultado de dificuldades no cumprimento das leis etc. do país anfitrião. Trata-se do risco mais comum no mapa: 104 países têm este ícone. Países com este ícone risco incluem Peru, Angola, Líbia, Cazaquistão, Tailândia e Iêmen.
– Interferência política: O risco de intervenção do governo anfitrião na economia ou outras áreas políticas que afetam negativamente os interesses de investidores estrangeiros, por exemplo, nacionalização e expropriação. São 92 países e territórios com este ícone, incluindo cinco novos para 2012: Equador, Venezuela, Egito, Líbia, e Peru.
– Violência Política: O risco de greves, tumultos, comoções civis, sabotagem, terrorismo, vandalismo, guerra com outros países, guerra civil, rebelião, revolução, insurreição ou golpe de Estado. Há 81 países com este ícone de risco, incluindo Colômbia, Moçambique, Peru, Bolívia, Paraguai, África do Sul, Líbia, e Guiné.
– Não-pagamento soberano: O risco de um governo estrangeiro ou entidade do governo não honrar suas obrigações em relação a empréstimos e outros compromissos financeiros. Ao todo foram detectados 85 países com este ícone risco em 2012, incluindo a Argentina, Venezuela, Croácia, República Dominicana, Egito, Nigéria e Vietnã.
– Interrupção da cadeia de suprimentos: O risco de interrupção do fluxo de bens e / ou serviços entrando ou saindo do país como resultado da instabilidade política, social, econômica ou ambiental. Este é o ícone menos comum globalmente (com 61 países), porém muito comum na América Latina. Esse risco inclui Guiné Conakry, África do Sul, Argentina, Bolivia, Equador, Venezuela e Peru.
As principais conclusões do mapa deste ano são:
1) Três upgrades: Moldávia, Ucrânia e Uruguai
2) Vinte e um downgrades: Azerbaijão, Bahrein, Belarus, Colômbia, Croácia, Egito, Ilhas Falkland, Gabão, Guatemala, Guiné Bissau, Líbia, Marrocos, Omã, Paquistão, Suazilândia, Síria, Tailândia, Tunísia, Uganda, Vietnã e no Saara Ocidental
3) Cinco países com downgrades duplos: Egipto, Líbia, Síria, Tunísia, Saara Ocidental
4) Cinco novos países na lista de interferência política: Gâmbia, Líbia, Saara Ocidental, Peru e Egito
5) A série de eleições e transições políticas previstas para o Oriente Médio e países do Norte da África em 2012 contribuirá para uma maior incerteza global

G.F.
Revista Apólice

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