Ultima atualização 29 de fevereiro

Identidade digital

As seguradoras usam a certificação digital como garantia das suas transações eletrônicas, os bancos utilizam para conferir a identidade do Internet Bank, a Receita Federal emprega para receber as transmissões de declarações do imposto de renda. Nesse cenário digital, os corretores de seguros aparecem como usuários em potencial dessa ferramenta, que, se os números continuarem no ritmo atual, pode, em médio prazo, superar a receita de muitos ramos de seguro, perdendo apenas para a venda do seguro de automóveis. Segundo uma pesquisa realizada pelo Sincor-SP, a meta viável em relação a certificação digital é a venda de 100 certificados por mês, o que significa um ganho de R$ 8 a 10 mil/mês (R$ 100 mil/ano). Esse faturamento, ainda em médio prazo, pode chegar a 20% do total das corretoras. Sendo que, atualmente, 80% delas faturam até R$ 40 ou 50 mil por mês.
Os certificados podem ser emitidos para pessoas físicas, jurídicas ou equipamentos. Segundo Manuel Matos, gestor da Rede ICP Seguros, a certificação é uma garantia de continuidade das atividades do corretor de seguros, porque ela permite fidelizar os clientes antigos e conquistar novos, migrando sua atividade para um mundo que se digitalizou. “Neste primeiro momento, quem precisa de certificados digitais são os dirigentes de empresas, então o corretor terá contato com um público que até então não tinha. É uma garantia de negócio, além do resultado financeiro. Em 2012, o Brasil precisará emitir cinco milhões de certificados e o produto se transformará na segunda carteira do corretor de seguros, superada apenas pelo automóvel”, afirma.
O modelo da certificação brasileira se espelha em uma plataforma mundial europeia (Nº 99/1999). A tecnologia empregada na ferramenta é de domínio mundial, conhecida como criptografia assimétrica ou de chave-pública. Nesse sistema trabalha-se com duas chaves: a pública, distribuída livremente para todos os correspondentes via e-mail ou por outras formas e a chave privada, que é conhecida apenas pelo usuário.
“Tecnologias como biometria ou palma da mão não valem juridicamente porque elas são únicas, mas não são secretas. Desse modo elas não seguem os atributos de autenticidade e autoria”, explica Matos. Segundo ele, ainda não surgiu uma nova tecnologia aberta e acessível a todos que venha substituir com vantagens iguais ou superiores à assimétrica no âmbito jurídico.
Atualmente, as principais Autoridades Certificadoras (ACs) do mercado de seguros são representadas pela AC Sincor e AC Fenacor. Ao todo, já são 51 Autoridades de Registro (ARs) credenciadas. São Paulo representa a região com mais adesão à ferramenta, contabilizando 45 das 51 corretoras cadastradas. Porém, a Fenacor iniciou um processo para ampliar a atuação do corretor de seguros como AR para todo o Brasil. “Nos últimos dois anos houve uma procura muito acentuada para se tornar uma AR. A atividade aumentou a carteira de seguros do corretor em 25%”, reforça o gestor da Rede ICP Seguros. Em agosto de 2010 foram 89.172 certificados emitidos, enquanto em agosto de 2011 esse número subiu para 145.887. Em relação ao faturamento com as emissões, em agosto de 2010 as corretoras faturaram R$ 30.073 955,89, já em 2011 o valor foi de R$ 49.201.534,14.

Novo segmento
Eduardo Minc, da Minc Corretora de Seguros, credenciou sua empresa como “AR Minc” em 2008. Atualmente possui autoridade em São Paulo, Osasco, Rio de Janeiro, Brasília e Mato Grosso. A corretora está localizada em São Paulo e Osasco. Para gerenciar as unidades contratou, no total, 19 agentes de registro. “Entre as vantagens de se tornar uma AR, uma das principais, em minha opinião, é a credibilidade junto ao consumidor. A certificação é presencial, portanto o presidente, diretor, artista, jogador etc. precisa estar cara a cara com você. É a oportunidade de prestar um excelente atendimento e aproveitar para oferecer uma cotação de seguros”. Segundo Minc, a corretora já apresentou um crescimento de 7,5%. E o corretor acredita que esse número só tende a crescer. Nos próximos três anos, Minc prevê que a certificação seja responsável por um crescimento de, pelo menos, 15 a 20% na corretora.

Confira a reportagem completa na última edição da Revista Apólice (fevereiro – 159)

Gabriela Ferigato
Revista Apólice

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