Ultima atualização 13 de fevereiro

Desenvolvimento econômico marcou o ano de 2010 na Europa Central

O novo ranking “CEE Top 500 companies” das 500 maiores empresas da Europa Central, publicado pela Coface, indica que o ano de 2010 foi marcado por um retorno à lucratividade e um aumento significativo do turnover, de 20% em relação ao ano anterior. Empresas polonesas, húngaras e ucranianas lideraram o crescimento, respondendo por 60% das companhias incluídas no ranking.
Os resultados corporativos desse Top 500 refletem ainda as tendências de desenvolvimento econômico que prevalecem nos 13 países pesquisados (Bulgária, Estônia, Croácia, Letônia, Lituânia, Polônia, Romênia, Sérvia, Eslováquia, Eslovênia, República Checa, Ucrânia e Hungria) afetados de maneiras diferentes pelos efeitos da recessão global de 2009. A Polônia, que está no topo do ranking, é o único país da região que teve um crescimento positivo em 2009 (1,7%). Ao contrário, os Países Bálticos, que foram atingidos duramente pela crise e experimentaram uma recuperação muito mais tardia em 2011, estão no final da lista de 2010.
Após uma queda no turnover de cerca de 16% em 2009, os maiores players da Europa Central e Oriental tiveram uma aceleração na atividade de negócios em 2010. Seu turnover saltou quase 20%, atingindo ?545 biliões, enquanto os lucros líquidos cresceram 12,6%, num total de ?22 bilhões.
Os números de turnover subiram em particular na indústria de metais, assim como em mineração, manufatura, atacado e na indústria de petróleo e gás, que é o setor mais fortemente representado neste ranking. O número de empresas envolvidas com o setor automobilístico dobrou no ano.
Outra tendência notável em comparação a 2009: alinhadas com o aumento do desemprego por toda a Europa Central e Oriental, as empresas Top 500 cortaram suas folhas de pagamento em 10% em 2010.
Com 160 empresas, ou 32% da lista Top 500, a Polônia está em primeiro lugar e igualou seu resultado de 2008. As empresas polonesas tiveram um aumento de 40% nos lucros e continuaram a contratar mais pessoal. Apesar de ter sido atingida por uma forte recessão em 2009 e ter gerado apenas um crescimento modesto de 1,2%, sem mencionar a maior taxa de incidentes de pagamento na região (19%) em 2010, a Hungria manteve a segunda posição, com 74 empresas. Pela primeira vez, a Ucrânia, com 66 nomes entre os Top 500, subiu para a terceira colocação.
No quarto lugar ficou a Romênia, com 50 empresas, seguida pela República Checa, com 37, e a Eslováquia, com 28. Assim como em 2009, com apenas uma empresa no ranking, a Estônia ficou na última posição.
Região mais atingida pela recessão global, a Europa Central e Oriental mostrou uma esforçada recuperação em 2010 e 2011. O crescimento na atividade empresarial, que subiu 2% em 2010 e está estimado em 2,8% em 2011, continua muito abaixo dos níveis pré-crise (5,4% anuais no período entre 2003 e 2008). Esta recuperação foi na verdade atrasada por movimentos de desaceleração feitos tanto pelas corporações como pelos domicílios, que se tornaram fortemente endividados em moeda corrente. Além disso, o consumo dos domicílios se retraiu devido ao mercado de trabalho desaquecido e cortes de salários expressivos comparados aos níveis pré-crise.
A recessão de -0,1% esperada para a Zona do Euro em 2012 deve continuar impedindo a recuperação na Europa Central, onda a taxa de crescimento deve cair para 1,4%. A Europa Central será afetada através do comércio internacional e dos canais financeiros. Países com sistemas muito abertos, como Hungria, República Checa, Eslováquia e Eslovênia, serão os mais fortemente expostos à contração da demanda na Zona do Euro. Além disso, as empresas vão enfrentar acesso mais restrito ao crédito, contra um pano de fundo e sistemas bancários enfraquecidos. Ao contrário de suas reações em 2009 e 2010, as sedes no sul e oeste da Europa, que controlam 80% dos ativos do Banco Central Europeu, não devem renovar tanto suas linhas de crédito aos subsidiários em 2012. Companhias na Romênia, Bulgária, Hungria e nos Países Bálticos devem ser os afetados mais seriamente por esse fenômeno.

G.F.
Revista Apólice

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