Ultima atualização 12 de janeiro

Crise econômica não afetará mercado de seguros de forma intensa

A crise econômica que já afeta a Europa não deverá abalar o mercado de seguros de forma intensa, especialmente o brasileiro. A não ser que as seguradoras (principalmente as internacionais) invistam seus ativos financeiros de forma equivocada. No caso do Brasil, a chance de maus investimentos desse tipo é ainda mais remota, uma vez que não há incentivos a essa modalidade de investimento. As afirmações foram feitas pelo consultor econômico Francisco Galiza durante encontro organizado pela Sociedade Brasileira de Ciências do Seguro (SBCS) nesta quarta-feira, 11 de janeiro.
Segundo Galiza, é possível fazer essas afirmações baseando-se na crise econômica de 2008. “A principal seguradora internacional que teve problemas foi a AIG, não por causa de sua carteira ou sinistros, mas sim devido a seus ativos financeiros mal aplicados. O Brasil não terá esse problema por dois motivos. O primeiro é que a Susep nunca incentivou a aplicação de ativos. Por outro lado, as seguradoras nunca se estimularam a investir também, devido aos altos juros. O setor nunca teve essa demanda”, argumentou. O consultor ainda frisou que justamente com a “queda” da AIG que os governos internacionais começaram a reagir e criar mecanismos para estimular a fiscalização.
Ainda analisando os efeitos da crise de 2008, Galiza explicou que houve uma certa queda de rentabilidade no mercado brasileiro, mas durou apenas 4 ou 5 meses e voltou ao normal. “Hoje o mercado de seguros vive um bom momento que eu não via há tempos. Poucas empresas estão em situação de solvência baixa”, garantiu. Segundo ele, o mercado tem mantido taxa de crescimento histórica que gira em torno de 13% a 15%. Além disso, eventos como Copa, Olimpíadas e PAC podem não render tanto quanto as pessoas imaginam, mas promove o Brasil em termos de marketing. “A Copa representaria aumento de 14% a 20% dos prêmios de seguro Auto no ano. Não é muito, porém é um evento que atrai os olhares de investidores estrangeiros”, destacou.
Com isso, não só as seguradoras aumentam sua rentabilidade, mas os outros integrantes do setor também: como corretores e securitários. Galiza ainda destacou que o corretor deve ir atrás das oportunidades. “É um cenário otimista e o mercado não deve estar concentrado apenas nas seguradoras ou em um ramo de negócios. Há vários campos potenciais. Cabe ao corretor ver qual ramo se identifica profissionalmente e a partir daí montar uma estratégia”, finalizou.

Revista Apólice – Portal de Seguros

Jamille Niero
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
Best Wordpress Adblock Detecting Plugin | CHP Adblock